Colaboradores - Julio Di Madeo

Pandemia, economia e a reinvenção do segmento de eventos

19 de Novembro de 2020

A pandemia da Covid-19 inseriu novos hábitos, comportamentos, protocolos e novas restrições visando a segurança sanitária e a redução da curva de transmissão do vírus. Esse cenário, foi suficiente para impactar, de forma maior ou menor, quase todos os setores da economia.

No entanto, o segmento de eventos, em virtude de suas características, continua sendo um dos mais afetado e exigindo a reinvenção de seus modelos para manter algum tipo de atividade.

Diante de todo esse cenário de incertezas e desafios para o setor, a ABRAPE (Associação Brasileira dos Promotores de Eventos) promoveu, nesta semana, o V Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos, em São Paulo, que reuniu os grandes nomes do show business para discutir e debater diversos assuntos relacionados a toda cadeia produtiva de eventos do Brasil, principalmente, as estratégias de retomada do setor.

De acordo com a ABRAPE, o setor de cultura e entretenimento abrange cerca de 60 mil empresas no país, gera cerca de 2 milhões de empregos diretos e indiretos, mobiliza mais de 4 milhões de trabalhadores informais, representa 4,32% do PIB, além de recolher anualmente aproximadamente R$ 48 bilhões em impostos.

O encontro contou com a presença de dois representantes da região responsáveis pela organização de eventos de abrangência nacional, que são a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, que reúne cerca um milhão de pessoas, e o João Rock, que na última edição teve a presença de 65 mil pessoas. Neste ano, os dois eventos presenciais foram suspensos, mas se reinventaram e foram realizados no formato virtual alcançando um público na casa dos milhões de visualizações de todas as partes do Brasil.

A representatividade desses números e a capacidade de adaptação dos organizadores na busca por novos formatos que alcancem e satisfaçam o público é o que atrai os patrocinadores e parceiros em busca da projeção e fortalecimento de suas marcas.

Iniciativas como a da ABRAPE só reforçam o quanto o segmento de eventos é importante para a economia e como a retomada pode ser realizada por meio de medidas concretas, planejadas e seguras. Afinal, o show tem que continuar. 

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