Carol Costa é uma das blogueiras mais famosas da atualidade quando o assunto é maternidade. Mãe de quatro crianças, sendo que um deles já se tornou anjo, ela passou pelo sofrimento de dois abortos espontâneos. Da maternidade a perda do filho, relatos do sofrimento dos abortos e o sonho de ser mãe é o que motivou Carol a externar suas vivências nas redes sociais e conseguir mais 130 mil seguidores que acompanham toda essa rotina.
Carol utiliza suas redes sociais para inspirar outras mulheres no mundo da maternidade, relatando o dia a dia da vida de mães, compartilhando dicas, informações e levando a mensagem do amor incondicional de ser mãe.
“Meu sonho sempre foi ser mãe. Sou formada na área de odontologia onde estudei muito e me tornei referência na região onde moro, tive sorveteria e lanchonete. Trabalhei e estudei muito. Após meu casamento acompanhei meu marido na cidade de Goiás e com muito amor fui cuidar do meu marido, filhos e casa. Na verdade, fui realizar meu maior sonho: ter uma família! Tudo começou de forma espontânea na internet, após a partida do meu filho com apenas 1 ano e 2 meses, e de uma nova gravidez em que fui relatando meu luto e minha alegria de ser mãe novamente as pessoas começaram a se identificar e gostar das minhas dicas, e de acompanhar a minha rotina”, expôs.
Após o nascimento de Flor, Carol ainda queria ser mãe e após inúmeras tentativas e problemas gestacionais, e abortos o milagre veio em nome de Theodoro, que foi o verdadeiro presente de Deus. “À primeira gestação foi da Nanda, tive descolamento, hematoma, sangramento e precisei ficar toda a gestação de repouso! Após o nascimento tive cefaleia, com dor de cabeça por dez dias sem poder levantar da cama do hospital, lembro das enfermeiras me ajudarem a tirar leite na bombinha para estimular e dar para minha filha recém-nascida pois eu não podia nem ficar sentada. A segunda gestação foi do Leonardo além do descolamento tive pedra nos rins aos seis meses e precisei tomar medicação para aguentar a dor, era de sentar no chão e chorar, cada crise de dor achava que ia nascer antes da hora. A terceira gestação foi muito rápida, quando devolvemos ao Senhor nosso segundo filho, meu marido falou que precisávamos de mais um filho, ajoelhamos, oramos, choramos e engravidamos. Logo de primeira veio a Maria Flor para florir e da cor ao que estava tudo preto e branco, porém uma gestação também com descolamento, sangramento e preocupações”, explicou.
“Na 4ª gestação foi através da Fertilização. Engravidei, mas tive um sangramento e tive um aborto espontâneo, precisei fazer curetagem química e histeroscopia. Na 5ª gestação de forma natural, também sofri outro aborto. Fiquei 17 dias estimulando a ovulação, porém meu organismo não respondia e eu entrei em menopausa precoce, falência ovariana. Chorei muito, é um tratamento que mexe muito com o psicológico e a gente fica muito triste quando não dá certo. Mas orei a Deus por mais esse milagre e aí veio a sexta gestação que aconteceu depois de 4 anos. No dia do meu aniversário eu estava muito emotiva e comentei com o meu marido que achava que estava grávida, ele achou que era coisa da minha cabeça porque eu nem estava atrasada, fiz o teste e deu positivo, foi o presente de aniversário que pedia a Deus e é o significado do nosso quarto filho”, disse.
Mesmo com médicos, obstetras, reumatologistas e conhecidos falando para o casal desistir dessa nova gravidez o pequeno Theodoro foi de fato o milagre de Deus e veio para completar essa família. “ Relatar meu dia nas redes sociais é uma forma de terapia. Recebo muitas mensagens de carinho e solidariedade. Mulheres que perderam seus filhos e na troca de experiência me ajuda também a seguir em frente. Ser mãe me torna uma pessoa melhor, uma mulher mais evoluída e aumenta minha fé em Deus e me transformou na melhor mãe que eu poderia ser”, afirmou.
A perda de um bebê é um processo de luto. Para as mães que estão passando por algo desse tipo. Carol aconselha ter fé e acreditar em dias melhores. “Não tem jeito, a saudade é uma constante em nossa vida quando estamos longe de alguém que amamos. Não passa, apenas nos acostumamos. Eu diria para as mães que passaram pela perda de um filho que é possível superar ajudando o outro, fazendo o bem em favor de alguém que necessita. Se tive que devolver um filho a Deus, pude encontrar mães que tiveram que devolver todos os que tinha. Se minha dor é grande, a dessa mãe é do tamanho da devolução que ela teve que fazer. Percebi que a dor existe em todas e que a superação é um dia após o outro”, externou.
Em relação aos projetos futuros, Carol só tem gratidão e espera saúde e muita paz. E que essa rede de amor continue e que ela possa continuar contribuindo e ajudando outras mamães. “A maternidade me fez mais forte e me deu mais sabedoria, me fez enxergar que sou capaz de superar coisas como nunca imaginei. Meu objetivo é apenas compartilhar amor, superar a dor e trocar experiência porque também aprendo muito com outras mamães e a internet é um meio extraordinário de levarmos nossa mensagem de forma rápida e para o mundo todo”, concluiu.
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