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13º salário: como a pandemia afeta o equilíbrio financeiro dos brasileiros

17 de Novembro de 2020

Especialista explica Medida Provisória 936 e dá dicas sobre a melhor forma de aproveitar o décimo terceiro salário

A primeira parcela do 13º salário deve cair até o dia 20 de novembro para todos os brasileiros com contrato de trabalho pelo regime da CLT e tempo de serviço igual ou superior a 15 dias. Embora seja uma ótima oportunidade para realizar as tão sonhadas compras de final de ano, especialistas indicam que, devido à crise financeira impulsionada pela pandemia, esse rendimento extra deve servir para completar a capacidade mensal de pagamento das famílias.

O Governo lançou a Medida Provisória 936, sancionada na Lei 14.020, que ofereceu às empresas a possibilidade de redução ou suspensão de contratos, afetando aproximadamente 10 milhões de brasileiros. “A pandemia gerou uma completa alteração em todo o processo de geração de renda. E se isso afeta no salário, vai afetar também no 13º, com redução proporcional”, explica Pedro Salanek, administrador e professor de finanças do ISAE Escola de Negócios.  

Segundo o especialista, até mesmo a negociação de dívidas ficará em segundo plano neste final de ano. “Estamos vivendo um ano bastante crítico economicamente falando”, diz. “Desde o início da pandemia, muitos brasileiros tiverem de adequar seus gastos, reduzindo-os drasticamente, para poder sobreviver durante todo o ano.  Nestes casos, o 13º chega para dar um fôlego no dia a dia”, aponta.

O número de famílias endividadas no Brasil ultrapassa 60% da população, o que causa grande alerta e exige cuidados especiais. “Geralmente, as dívidas têm um custo de financiamento e juros que, em caso de cheque especial ou cartão de crédito, acaba sendo bastante impactante”, explica. “Antes de pensar em viajar ou consumir mais, é preciso sair do endividamento. Todo dinheiro é bem-vindo dentro da fonte quando é para se livrar de uma dívida amarga”, complementa Pedro Salanek.

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