Viver - Mundo Pet

Células-tronco fazem cadela com displasia correr de novo

9 de Novembro de 2020

Nutella, uma cachorra da raça kuvasz, estava perdendo os movimentos das patas traseiras quando foi submetida ao tratamento; em 10 dias após a primeira aplicação, já estava brincando, sem dor nem sofrimento

Cris com a cadela Nutella: superação

Quem olha para a Nutella, uma cachorra de seis anos de idade e 58 quilos, nem acredita que ela corre, pula e brinca como um pet normal. Há menos de um ano, ela estava perdendo os movimentos das patas traseiras por conta de uma displasia coxofemoral (saiba mais abaixo), doença que acomete cães e gatos e causa muita dor e sofrimento. Foi um tratamento com células-tronco que trouxe alívio e qualidade de vida para ela - e também para sua dona.

"No fim do ano passado, a Nutella teve rompimento do ligamento do joelho e precisou fazer uma cirurgia, mas, logo na metade deste ano, começou a mancar e mal andava direito. Levei-a a um médico veterinário ortopedista, que diagnosticou displasia coxofemoral. Fiquei desesperada", contou a empresária Cris Galvão, 40, tutora do animal.


Depois do diagnóstico, vieram as indicações para o tratamento: novas cirurgias, incluindo implante de prótese. "Chorei e pensei muito antes de tomar a decisão de qual tratamento seria melhor para ela. Não queria fazer nenhuma das cirurgias indicadas e, como já tinha informações sobre o tratamento com células-tronco, resolvi, por minha conta e risco, optar por essa terapia", disse.

E foi a decisão certa! Nutella foi submetida à primeira aplicação de células-tronco, e a recuperação foi incrível. 'Três dias depois, ela parou de mancar; uma semana depois, estava andando normalmente; e com 10 dias, já estava correndo. Fiquei surpresa!", comemorou Cris.

Segundo a especialista em cultivo e terapia celular da Omics Biotecnologia Animal Fernanda Landim, Nutella já foi submetida a duas aplicações de células-tronco. "A principal função das células-tronco é a secreção de substâncias que controlam a inflamação e diminuem a morte de células saudáveis. Em doenças degenerativas crônicas, como a displasia, esperamos que ocorra diminuição da dor e da progressão da doença. Isso é extremamente vantajoso em casos como o da Nutella, que teria que tomar medicamentos para o resto da vida, talvez sem resposta eficiente. Com as células-tronco, oferecemos um tratamento eficiente e natural".

Para Cris Galvão, a experiência e o profissionalismo da equipe Omics fizeram toda a diferença no tratamento. "Confiei minha paixão, que é a Nutella, aos cuidados da Omics, pois já tinha informações sobre a seriedade da empresa e dos profissionais. Foi a melhor escolha", afirmou.

Cris também é tutora de Claire, sua lulu da Pomerânia. Nutella, da raça Kuvasz, veio para preencher o vazio deixado por sua Brenda, uma bernese que faleceu por insuficiência renal.

"Nossa rotina agora é em torno delas. Caminhamos pelo menos quatro vezes ao dia. É muita dedicação e cuidados, mas também, muito amor e alegria!"

SAIBA MAIS SOBRE A TERAPIA COM CÉLULAS-TRONCO

O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO?

As células-tronco estromais multipotentes, também chamadas de células-tronco mesenquimais (CTM), são células encontradas em todos os tecidos adultos. Em medicina veterinária, as principais fontes para obtenção das CTM são o tecido adiposo e a medula óssea.

O efeito terapêutico das CTM já é bem descrito em diversos estudos científicos, tanto na medicina veterinária como na de humanos e se baseia em três princípios de ação:

1- Reposição tecidual pela diferenciação celular
2- Imunomodulação e efeito anti-inflamatório
3- Secreção de moléculas bioativas que promovem a regeneração

COMO SÃO APLICADAS?

Por via endovenosa ou por aplicação local. São feitas, geralmente, de uma a três aplicações, com intervalos regulares e acompanhamento contínuo. No entanto, tudo depende do caso e da melhora do pet. Num paciente idoso, por exemplo, a quantidade de aplicação é maior.

QUAIS AS DOENÇAS TRATADAS?

Geralmente, o tratamento regenerativo é indicado para problemas ósseos e musculares, mas doenças como cinomose, displasia coxofemoral, insuficiência renal crônica, aplasia de medula, lesões na coluna e até mesmo para problemas oftalmológicos já apresentam casos de sucesso.

O QUE É DISPLASIA COXOFEMORAL?

A displasia coxofemoral é uma doença que ocorre devido a um mau posicionamento da articulação do quadril, o que causa bastante dor e dificuldade de movimentação. Os cães de grande porte são os mais afetados, mas também pode ocorrer em cachorros pequenos e até em gatos. A dor e a inflamação da articulação podem ser tão fortes que o animal para de se movimentar e pode se tornar paralítico. O aumento de peso e pisos escorregadios pioram os sintomas, por isso é importante oferecer alimentação balanceada e procurar o médico veterinário assim que aparecerem os primeiros sintomas.

SOBRE A OMICS

A Omics Biotecnologia Animal é uma startup brasileira que desenvolve material biológico constituído por células-tronco para a medicina veterinária como alternativa terapêutica para melhorar a qualidade de vida e promover maior longevidade a animais com lesões ou doenças de difícil resolução ou sem resposta satisfatória ao tratamento convencional.
A terapia celular Omics - disponível para tratamento em cães, gatos e cavalos - reduz dor, inflamação e morte celular, restaura qualidade de vida, movimentos e função dos órgãos e auxilia a regeneração de tendões, ligamentos, cartilagens e ossos.

Localizada no Parque Tecnológico de Botucatu, a Omics atua em todo o Brasil e já tratou mais de 2.000 animais em 6 anos de existência.

A equipe Omics é composta por médicos veterinários com mestrado, doutorado e anos de experiência na área de biotecnologia. Fernanda Landim é médica veterinária pela Unesp, com mestrado e doutorado pelo Instituto de Biociências e Genética da Unesp e pós-doutorado pela Universidade do Colorado. É pesquisadora e especialista em biotecnologia de reprodução animal e cultivo e terapia celular e uma das sócias da Omics. Marina Landim e Alvarenga é médica veterinária, mestra em biotecnologia animal e diretora executiva da Omics, trabalha com terapia celular desde 2008 e é especialista em fisioterapia animal. A equipe conta ainda com a participação de Beatriz Linde Feijó, médica veterinária pela Unesp, com intercâmbio na Monash University, em Melbourne, na Austrália, e Luciana Midori Murata, também graduada pela Unesp.

Comentários
Assista ao vídeo