Nascida Cleide Freitas Alves na cidade de São Vicente, no litoral paulistano, ela veio para São Paulo no início da década de 1940 para cursar Filosofia.
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Ela se apaixonou pelo rádio e adotou o nome artístico de Ivani Ribeiro, interpretando canções folclóricas e criando pequenos textos para o programa “Teatrinho da Dona Chiquinha” na Rádio Educadora.
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Ivani se arriscou como radioatriz e se transferiu primeiro para a Rádio Difusora e depois para a Rádio Tupi de São Paulo. Mas foi na Rádio Bandeirantes, ao lado do marido Dárcio Ferreira, um premiado locutor, que ela investiu em escrever e adaptar inúmeras peças para o programa “Teatro Ivani Ribeiro”.
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Foi para a televisão em 1952 para escrever a série “Os Eternos Apaixonados” para a TV Tupi. Ao mesmo tempo ela continuava a escrever radionovelas para a Rádio Bandeirantes. Seguiu para a TV Record onde escreveu sua primeira telenovela, “A Muralha”, em 1957.
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Com o surgimento da TV Excelsior, em 1960, Ivani Ribeiro foi uma das primeiras contratadas da emissora para ser a redatora das peças do programa “Teatro Nove”. A primeira novela diária dela na televisão foi “Corações em Conflito”, em 1963, na Excelsior.
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E foi a partir da próxima novela, uma adaptação do texto argentino de “A Moça que Veio de Longe”, que ela se tornou uma das nossas mais premiadas e admiradas novelistas. O sucesso da novela, estrelada por Rosamaria Murtinho e Hélio Souto, fez de Ivani a principal autora da TV Excelsior.
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Na década de 1960, Ivani escreve novelas de grande sucesso, uma atrás da outra, como “A Deusa Vencida”; “A Grande Viagem”; “As Minas de Prata”; “O Terceiro Pecado”; “A Muralha” e “Os Estranhos”.
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Em 1970, com a falência da TV Excelsior, Ivani se muda para a TV Tupi e lá emplaca grandes sucessos que ameaçam a audiência da TV Globo, como é o caso de “Mulheres de Areia” em 1973; “Os Inocentes” em 1974; “A Barba Azul” em 1974; “A Viagem” em 1975; “O Profeta” em 1977 e “Aritana” em 1978.
Com o fechamento da TV Tupi, Ivani Ribeiro vai para a TV Bandeirantes escrever o sucesso “Cavalo Amarelo”, protagonizado por Dercy Gonçalves, Yoná Magalhães e Fulvio Stefanini. E ainda escreve “Os Adolescentes” antes de se transferir para a TV Globo.
Em 1982, estréia na TV Globo com a telenovela “Final Feliz” no horário das 19 horas. E dois anos depois adaptou a peça “O Avarento” para o horário das 18 horas que se transformou em “Amor Com Amor se Paga”, outro sucesso.
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A partir daí, são costumeiros os remakes de novelas antigas de Ivani na TV Globo. Foi o caso de “Hipertensão”, baseada em “Nossa Filha Gabriela”, exibida em 1971 na TV Tupi; “O Sexo dos Anjos”, nova versão de “O Terceiro Pecado”; “A Gata Comeu”, remake da versão que se chamou “A Barba Azul” na TV Tupi; “Mulheres de Areia” que na versão global foi exibida em 1993 no horário das 18 horas, e o sucesso “A Viagem” em 1994 que repetiu a alta audiência que havia conseguido na versão da TV Tupi em 1975.
Ivani Ribeiro morreu de uma insuficiência renal aos 73 anos de idade, exatamente 20 dias após o falecimento de seu marido, Dárcio Alves Ferreira, com quem foi casada por mais de 50 anos.
A TV Globo voltaria a homenagear a obra de Ivani Ribeiro em 2000 com o lançamento da minissérie “A Muralha”, baseada na novela que ele escreveu para a TV Excelsior e em 2006 com a adaptação de “O Profeta”, grande sucesso na TV Tupi, para o horário das 18 horas da TV Globo.
Ivani Ribeiro escreveu novelas para o rádio e para a TV por quase 50 anos, e se transformou no maior nome feminino da nossa teledramaturgia.