As aulas presenciais em São Paulo só voltam quando o todo o estado chegar na fase amarela, o que deve acontecer perto do mês de setembro. Essa estratégia conservadora não foi unanimidade dentro do governo estadual, conforme apurou a reportagem da Record TV.
Segundo fontes dentro da gestão Dória, houve divergências sobre a necessidade do retorno presencial entre a área econômica e o comitê de saúde - criado para auxiliar no combate a pandemia em São Paulo.
Detalhes do anúncio, que será feito nesta quarta-feira (24), ainda estão sendo costurados nesta manhã pela equipe que participará da entrevista coletiva, que ocorre diariamente no Palácio dos Bandeirantes.
A ideia é que as aulas presenciais só voltem quando a maior parte do estado, cerca de 80%, atingir a fase amarela (veja a escala de cores no quadro abaixo). Só então será anunciada a liberação para retorno das escolas, o que deverá ocorrer cerca de 20 dias depois de manutenção desta fase. As escolas deverão usar esse período para se preparar para a reabertura.
O retorno ainda não tem data cravada, mas estima-se que, caso nenhuma região do estado retroceda nos índices estabelecidos pelo Plano SP, a retomada só deva acontecer daqui a dois ou três meses, próxima ao mês de setembro.
A decisão de uniformizar o retorno - mesmo que alguns municípios já tenham atingido fases mais avançadas da flexibilização - leva em conta, principalmente, a intenção de não haver diferenças pedagógicas entre os alunos da rede pública. Por isso também, as escolas particulares não poderão voltar antes da rede estadual e municipal.
A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, já estava se preparando para retomar as aulas a partir de 20 de julho, desde que já estivesse na fase verde, segundo informações exclusivas obtidas pela Record TV.
Outro ponto que deve ser abordado na entrevista desta quarta-feira é como será a reabertura gradual das escolas. A quantidade máxima de alunos por sala de aula e o tempo de retorno entre os grupos ainda estão em estudo.
No entanto, cada município e escola particular terão autonomia para decidir quais séries devem voltar antes. A rede estadual acredita que, por conta da ociosidade que existe na rede, será possível retornar com distanciamento entre alunos.
Diante disso, a capital já estuda empurrar o ano letivo de 2020 da rede municipal para ser concluído até fevereiro de 2021, além de reduzir dias de recesso no calendário letivo do ano que vem.