O governador João Doria afirmou, nesta quarta-feira (13), que o Estado de São Paulo não seguirá o decreto presidencial que inclui salões de beleza e academias como serviços essenciais. Doria determinou que esses estabelecimentos devem continuar fechados no período de quarentena, que se estenderá até o dia 31 de maio.
"Em São Paulo, o governo respeita o Comitê de Saúde. Não temos condições sanitárias seguras para essa abertura nesse momento. Respeitamos todos os profissionais que atuam nesses setores, mas nosso maior respeito é garantir a sua vida", disse Doria durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
"Uma nova etapa depois desta que se encerra no dia 31 de maio será pensada, mas nenhuma modificação será feita no Estado antes disso. Isso vale para todos os municípios."
O estado de São Paulo tem 51.097 casos confirmados de covid-19 e 4.118 mortes. Há 3.702 pacientes internados em UTI e 5.950 em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI em todo o estado é de 68,3% e na Grande São Paulo, 87,2%. No hospital de campanha do Ibirapuera, há 125 pacientes internados. A taxa de isolamento social registrada na terça-feira no estado de São Paulo foi de 47% e capital, 48,4%.
A transmissão do novo coronavírus ocorre por meio de secreções respiratórias, gotículas e por superfícies contaminadas. "Dentro das academias, as secreções são abundantes. Fazer exercícios de máscaras é muito difícil, a qualidade da máscara se deteriora muito rápido e a higienização teria de ser feita a cada uso", afirmou Dimas Covas, coordenador do Comitê de Combate ao Coronavírus. "É muito complicado garantir a não contaminação nesses locais, não tem apoio científico nenhum."
Casos crescentes no Litoral
A Baixada Santista vai receber 350 novos leitos, sendo 300 clínicos e 50 de UTI. O governo do estado vai liberar R$ 30 milhões para a instalação do equipamento a partir desta quinta-feira (14). Receberão os leitos os municípios de Santos, Praia Grande e Itanhaém.
"Estamos melhorando a taxa de ocupação de leitos. Teremos um maio de crescimento agudo de casos na Baixada Santista", afirmou Marco Vinholli, secretário de Desenvolvimento Regional de São Paulo.