O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (13), na saída do Palácio do Alvorada, que "muita gente deu o golpe" nos pedidos do auxílio emergencial, cujas parcelas são de R$ 600. Isso ajuda a explicar, segundo o presidente, os 7 milhões de solicitações represadas, ainda não pagas e sob análise na Caixa.
"São 7 milhões em análise. É muita gente que deu o golpe. Tem gente que usou o protocolo de filho duas vezes", explicou a um apoiador que perguntou sobre os pedidos ainda em análise.
Em seguida, sugeriu que o Brasil comemorasse os pagamentos já feitos do benefício. "Agora, ninguém fala dos 40 milhões que receberam", disse.
O presidente disse ainda que "não há falha nossa" no pagamento dos benefícios ainda em análise e deu uma espécie de passo a passo para concluir a solicitação do benefício.
"Tem erro também do próprio interessado. [...] Entrou, é um programa, com inteligência artificial, e vai para um campo e é manualmente. O pessoal da Caixa está trabalhando de segunda a sábado porque é caso a caso. São 7 milhões", explicou.
Para finalizar o assunto, Bolsonaro disse que não pode pagar os benefícios em análise porque pode ser alvo de ações judiciais e até ir para a prisão. "Eu não posso mandar pagar porque eu vou cometer algum tipo de crime. Aí, não é nem quanto ao mandato, aí eu vou para a cadeia. São 40 milhões os que receberam, vamos falar deles. O restante está na malha fina, eu lamento", encerrou.