A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou nesta quinta-feira (16/04) uma resolução que passou a proibir a venda sem receita médica especial, em duas vias, de remédio à base da substância nitazoxanida. Conhecido pelo nome comercial Annita, o medicamento é um vermífugo muito popular. Trata-se do produto ao qual o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, referiu-se, sem informar o nome, quando afirmou em entrevista na quarta-feira (15/04) que o governo encontrara um medicamento que apresentou 94% na redução da carga viral em ensaios com células infectadas pelo novo coronavírus.
A medida foi adotada na terça-feira (14/04), mas divulgada apenas hoje pela agência. Pontes afirmou, na entrevista, que não diria o nome do remédio “secreto” para “não gerar uma corrida atrás dele e evitar automedicação”. A resolução da Anvisa tenta justamente impedir esse tipo de movimento, a exemplo do que aconteceu com a cloroquina, que começou a desaparecer das prateleiras depois que o presidente Jair Bolsonaro começou a apresentá-la como possível tratamento eficaz para a Covid-19.
Pela resolução, a entrega ou venda nas farmácias e drogarias do medicamento só poderá ser feita para pessoas com a receita especial, para que uma via fique retida na farmácia e outra permaneça com o paciente.
Transição
A Anvisa esclareceu em seu site que, “para evitar que os tratamentos em curso sejam interrompidos”, até o dia 15 de maio as pessoas poderão continuar comprando os medicamentos com receita comum. Ainda assim, o farmacêutico está obrigado a registrar na receita a comprovação do atendimento.