O Ministério da Saúde passou a incluir a partir de abril as gestantes e as puéperas, mães de recém-nascidos, na lista do grupo de risco para o novo coronavírus. Além dos idosos, fazem parte pessoas com cardiopatia, diabetes, pneumomatia, doença neurológica, doença renal, imunodepressão, obesidade, asma, doença hematológica, doença hepática e síndrome de Down.
Segundo o Ministério da Saúde, grávidas e mulheres que deram à luz recentemente são mais vulneráveis a infecções no geral e, por isso, estão nos grupos de risco do vírus da gripe. Antes, só a gestação de alto risco era considerada condição para desenvolver casos graves da covid-19.
“Estudos científicos apontam que a fisiopatologia do vírus H1N1 pode apresentar letalidade nesses grupos associados à história clínica de comorbidades dessas mulheres. Sendo assim, para a infecção pelo coronavírus, o risco é semelhante pelos mesmos motivos fisiológicos, embora ainda não tenha estudo específico conclusivo”, afirma em nota o Ministério da Saúde.
A Sogesp (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo) afirma que, de acordo com as evidências científicas disponíveis até este momento, gestantes não parecem ter maior risco de adquirir a infecção que a população geral. A sociedade orienta as gestantes realizar as medidas de prevenção: lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool gel, não compartilhar objetos pessoais, manter os ambientes ventilados e evitar aglomerações.
"Devem entrar em contato com seu obstetra de confiança (inicialmente por telefone) caso apresente sintomas como febre, tosse, dificuldade para respirar, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, dores musculares. O profissional irá orientar se há necessidade ou não de buscar o pronto atendimento hospitalar nesses casos. Se você estiver gripada, não vá ao consultório sem ligar previamente para o profissional de saúde", orienta a Sogesp em seu site.