Atualizações de informações a cada segundo, incertezas, medos e uma série de fatores abalaram o mundo e o Brasil nos últimos meses e, no segmento da engenharia, não seria diferente, entre todos os mercados, um único inimigo em comum: o coronavírus. Afinal, existem muitos questionamentos sobre como enfrentar essa crise e muitas propostas de soluções, já que se trata de algo que nunca vivenciamos. Em meio à tantos desafios na saúde, na política, economia, educação, etc, surge mais um questionamento: o que tem sido feito no setor que move todos os outros? Como garantir que as estruturas das Engenharias de Telecomunicações, Mecânica, Agrícola e Civil, por exemplo, não parem de funcionar?
De forma simples, e se você ficasse hoje sem alimentos básicos? Sem energia? Sem telefonia e sem internet? Se temos sofrido com as consequências negativas dos impactos do coronavírus no nosso dia-a-dia, imaginem seguir vivendo e trabalhando em um cenário sem qualquer tecnologia proveniente das engenharias?
Em São Paulo, estado com população aproximada de 46 milhões de pessoas de acordo com o IBGE (2019), a situação é alarmante, por isso, se faz necessário entender a importância de que os profissionais envolvidos precisam ser qualificados e capacitados para atenderem às demandas de serviços durante esse período em que muitas pessoas estão fazendo uso constante da internet, TV, entre outros meios de comunicação e que, naturalmente, devido à alta demanda, as redes passaram a ficar mais sobrecarregadas. Até o momento, a Engenharia das Telecomunicações tem feito um trabalho positivo no sentido de garantir o acesso à comunicação, permitindo assim que as atividades que dependem das tecnologias, internet e dados não deixem de funcionar.
De acordo com Vinicius Marchese Marinelli, Presidente licenciado do CREA SP e Engenheiro de Telecomunicação, "Só no estado de SP existem mais de 300 mil profissionais de engenharia, agronomia e geociências, ou seja, caso haja excesso de demanda, o setores estão devidamente preparados. "Temos um exército de pessoas, serviços que não enxergamos, nunca agradecemos, mas essas pessoas existem e são reais, não virtuais. Essas pessoas são responsáveis pela saúde, segurança, saneamento, transporte, eletricidade, internet, alimento entre outras coisas ... e entre essas pessoas fundamentais e praticamente invisíveis estão muitos profissionais da área tecnológica Estamos em quarentena na era da tecnologia e com o celular nas mãos, conseguimos pedir comida e fazer compras sem precisar sair de casa, graças à engenharia das telecomunicações. Esses serviços geram negócios e empregos, e já representam um expressivo percentual da economia, além de ser importante aliado frente ao cenário que estamos enfrentando.
Ele ainda cita como exemplo de perfeita execução de um projeto de engenharia das telecomunicações, a tão comentada live do cantor Gusttavo Lima, que ocorreu neste sábado (28), e, segundo a equipe dele, o show bateu o recorde de acessos simultâneos do Brasil, chegando a mais 750 mil conexões ao mesmo tempo, no auge da transmissão, tendo alcançado também o primeiro lugar dos assuntos mais comentados do Twitter, um verdadeiro marco na história de lives musicais, afinal, foram 5 horas de show e mais de 10 milhões de visualizações, tudo permitido graças à tecnologia, além de uma estrutura muito bem planejada composta por fibra ótica que garantiu e gerou entretenimento.
A Engenharia tem a função de buscar solução e resolver problemas, seja para auxiliar nas atividades cotidianas ou pra enfrentar dificuldades. O agronegócio, por exemplo, um dos maiores e mais importantes setores da economia nacional, segue em um cenário relativamente positivo com os esforços voltados para abastecer a população.
“'É hora de realizar um esforço conjunto para cumprirmos as medidas necessárias a fim de garantir que voltemos a ter mais tranquilidade e fluidez na economia, não apenas no segmento da Engenharia, porém, no momento, a preocupação é com pessoas e com a saúde delas, portanto, reconhecemos a coragem e dedicação dos profissionais da saúde, segurança e os serviços essenciais que estão na linha de frente”, finaliza o engenheiro.