Colunistas - Rodolfo Bonventti

A minissérie que abordou o crime passional e a parábola de amor e morte

6 de Dezembro de 2019

Em julho de 1982, satisfeita com os bons resultados conquistados pela minissérie “Avenida Paulista”, a TV Globo investiu em um projeto de Daniel Filho e Euclydes Marinho que conquistou a crítica especializada e chamou a atenção do público televisivo.

Foi a minissérie “Quem Ama Não Mata”, exibida em 20 capítulos, escrita por Euclydes, Denise Bandeira e Tânia Lamarca e dirigida com muita categoria pela dupla Daniel Filho e Dênis Carvalho.

Era uma história que tratava da parábola do amor e da morte, ao retratar o relacionamento de cinco casais cujas histórias acabavam por se entrelaçarem. A minissérie era toda narrada em flasback e tinha o casal Alice (Marília Pera) e Jorge (Cláudio Marzo) como o grande destaque da trama.

Um crime passional rondava Alice, uma dona de casa que sonha em ser mãe e Jorge, um dentista que se descobre estéril. Muito bem escrita, a trama abordava todas as dificuldades que envolvem as relações amorosas em diferentes idades.

O desfecho foi guardado em segredo e só revelado no último capítulo: quem matou quem no apartamento em que Alice e Jorge viviam há quase 10 anos? E o público ficou preso na trama e deu para a minissérie uma respeitável audiência.

Marília Pêra e Cláudio Marzo defenderam muito bem os dois principais papéis, mas contaram com um elenco muito afinado que deu para a minissérie um destaque todo especial. Os outros quatro casais da história eram formados por Júlia e Chico (Denise Dumont e Daniel Dantas); Laura e Raul (Susana Vieira e Paulo Villaça); Odete e Fonseca (Tânia Scher e Hugo Carvana) e dona Carmem e o General Flores (Norma Geraldy e Dionisio Azevedo), casados há mais de 40 anos.

A minissérie foi um grande acerto em termos de texto, desenvolvimento da história, produção, direção e elenco e até hoje é considerada como uma das melhores minisséries produzidas pela TV Globo.

No elenco de peso, além dos atores já citados ainda havia destaque para Buza Ferraz, Gracindo Junior, Ângela Leal, John Herbert, José de Abreu, Silvia Bandeira, Ana Maria Nascimento e Silva, Paulo Ramos, Monique Curi, Felipe Wagner, Ilva Niño e Fernando Amaral.

 

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