Pesquisadores do Imperial College de Londres encontraram que o uso de vídeos de realidade virtual para assistir a imersivos vídeos em 360 graus de pode ajudar a combater a dor crônica
Em um pequeno estudo publicado no Pain Reports, uma equipe da Universidade usou vídeos de realidade virtual como tratamento complementar em pessoas que sofrem de dores contínuas pelo corpo. Segundo os pesquisadores, a imersão na realidade virtual pode criar mecanismos de distração e acionar sistemas de combate à dor do próprio organismo.
Segundo o pesquisador Sam Hughes, “uma das principais características da dor crônica é que você obtém maior sensibilidade a estímulos dolorosos. Isso significa que os nervos dos pacientes estão constantemente disparando e informando ao cérebro que estão em um estado de dor elevado."
"Nosso trabalho sugere que a realidade virtual interferir nos processos cerebrais de controle da dor, principalmente no tronco cerebral e medula, que são conhecidos por serem partes-chave de nossos sistemas de combate à dor".
Segundo o Dr. Fabio Santos, médico neurologista e especialista em dor, “o estudo foi importante porque abre portas para novas linhas de pesquisa que podem ser úteis e aplicáveis na realidade dos pacientes, não necessitando de tratamentos de alto custo”.
Estudos passados utilizaram-se da realidade virtual para distração em pacientes com dor, com algum sucesso em procedimentos odontológicos que precisam de anestesia local, mas o estudo mais recente procurou verificar se poderia funcionar em um modelo simulado de dor crônica.
Eles explicam que, embora os resultados iniciais sejam animadores, o estudo foi limitado pelo baixo número de participantes. Futuros estudos também podem ajudar a confirmar seu potencial benefício para as pessoas que sofrem destas dores de difícil tratamento.
“O uso desta abordagem parece reduzir a intensidade geral da dor em andamento, bem como a resposta que obtemos na pele. Julgamos que pode haver alterações no sistema de alívio da dor do corpo que podem afetar como a sensibilidade à dor é processada na medula espinhal.”, de acordo com o pesquisador.
Ele acrescenta: "Ainda há muitas coisas para descobrir, mas um aspecto interessante do nosso estudo é que utilizamos um design passivo de realidade virtual. Isso pode significar que pacientes que estão acamados ou não conseguem mover seus braços podem se beneficiar dessa abordagem.”
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