Dados de um levantamento do Datafolha feito em fevereiro encomendada pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) para avaliar o impacto da violência contra as mulheres no Brasil, mostrou que no período de 1 ano, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no país, enquanto 22 milhões (37,1%) de brasileiras passaram por algum tipo de assédio.
Violência contra a mulher é um problema de saúde pública. Essa violência contra o público feminino acaba causando uma variedade de problemas de saúde agudos e crônicos, que vão desde lesões imediatas, até transtornos de saúde mental.
A biomédica ainda aponta uma preocupação com os índices indicados para as causas observadas, ressaltando que boa parte das mulheres que sofrem desse abuso não tem conhecimento de que estão sendo afetadas.
Entre as principais vítimas de violência, as mulheres entre 20 e 39 anos correspondem a 55% dos casos. Além disso, é em casa onde as mulheres são, na maioria das vezes, agredidas: 70% dos casos ocorrem na própria residência da vítima.
As diversas formas em que os abusos se apresentam também é uma preocupação que deve ser levada em consideração, como ressalta Vanessa Albuquerque. "É na sutileza do abuso emocional que mora o perigo, por exemplo, é comum que a mulher abusada se sinta sem utilidade, onde nessa tentativa ela se sinta na posição de fazer alguma coisa para agradar essa pessoa, um sinal disso é quando o abusador diz que sempre sabe o melhor para a pessoa", enfatizou.
É importante que o autoconhecimento seja o um fator determinante para a recuperação de quem sofre o abuso. Em todo caso, é importante procurar ajuda especializada para tirar qualquer dúvida. Ao passo que os índices tendem a aumentar, a melhor forma de prevenção ainda continua sendo o conhecimento da causa.