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Ginecologista explica as causas, sintomas e tratamento da candidíase

25 de Outubro de 2019

Um estudo publicado pela revista Critical Reviews in Microbiology mostrou que 70% a 75% das mulheres terão candidíase ao longo da vida ao menos uma vez, e metade dessas vai terão um segundo episódio. E mais, 5% a 10% das pessoas afetadas, a doença poderá ser tornar crônica. A candidíase é uma infecção causada por um fungo do gênero Candida.

A candida é um fungo que faz parte da flora vaginal da mulher, porém quando há um desequilíbrio nesta flora, provocado por uma queda de imunidade, leva o seu crescimento desordenado. Seu surgimento está associado ao uso de antibióticos, imunosupressores, contraceptivos orais de alta dosagem, gravidez, diabetes, relação sexual desprotegida, uso de calcinhas apertadas e de material sintético, podendo ocorrer em qualquer época do ano, já que o fungo gosta de ambientes quente, úmido e escuro. Explica a médica ginecologista e obstetra, Dra. Anne Caroline Andrade.

Segundo a Dra. Anne, durante o inverno o uso de roupas justas e abafadas em excesso impede a oxigenação adequada da vagina o que pode levar a infecção. Já no verão o uso continuo de biquinis molhados, contato com a areia e cloro, podem alterar o pH vaginal ou alterar sua flora, levando a instalação da candidíase. Geralmente a mulher refere coceira na vagina e no canal vaginal, corrimento esbranquiçado (tipo leite talhado) sem odor, ardor local , edema e dor para urinar e durante a relação sexual.

O diagnostico é feito durante o exame ginecológico, sendo na maioria das vezes só este exame necessário de acordo com a médica. Mas em alguns casos podendo ser diagnosticado no exame de Papanicolau ou exame laboratorial.

Existem diversas opções de tratamento tanto por via oral como por via local, visando sempre a melhora clinica e evitando a recidivas. Cabe ao médico escolher a melhor forma de tratamento para cada paciente. Esclaresce a ginecologista.

Dra. Anne Caroline ainda falou sobre a prevenção da candidíase, mulheres podem adotar algumas medidas medidas como:

Usar preferencialmente calcinhas de algodão;

Dormir sem calcinha;

Utilizar camisinha em todas as relações sexuais;

Evitar uso indiscriminado de antibióticos;

Utilizar papel higiênico branco e sem perfume;

Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e dietas ricas em carboidratos;

Não utilizar absorventes diários;

Utilizar sabonetes de pH neutro;

Evitar uso de roupas molhadas por longos periodos;

Evitar o uso de roupas muito justas por longos períodos;

Fazer uso de probióticos prescritos pelo médico, para melhorar a flora vaginal e intestinal;

Consumir de cebola e o alho são ótimos no combate tanto da Cândida.

 Na dúvida sempre procurar o ginecologista, ele é o profissional capacitado para cuidar do caso. Concluiu Andrade.

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