Empreendedor começou a trabalhar aos 15 anos e com pouco tempo e muitas experiências, acumula um currículo vencedor
Eduardo Schuler nasceu em uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, chamada Igrejinha, com apenas 30 mil habitantes. Ele vem de uma família de classe média onde nunca faltou nada em casa, mas também nunca sobrou.
Começou a trabalhar aos 15 anos, e aos 17, ainda menor de idade decidiu ir morar na capital do estado, Porto Alegre. “Ali começou a aventura de literalmente se virar sozinho e a primeira grande mudança de sair de uma cidade pequena para viver os desafios de uma cidade com um milhão e meio habitantes”, ele conta.
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| Eduardo Schuler |
Para se sustentar e pagar os estudos, Edu começou a vender livros na faculdade, depois trabalhou no call center da própria universidade vendendo e cobrando matrículas atrasadas. Com isso, ganhava uma bolsa parcial, o que ajudava a seguir estudando. Foi nesse período que percebeu que se relacionava bem com pessoas, tinha uma certa influência sobre elas e consequentemente chegava a bons resultados vendendo qualquer tipo de produtos.
Em pouco tempo abriu sua primeira empresa, uma distribuidora de cosméticos que logo quebrou. Um ano depois e seguindo com bons resultados vendendo, surgiu uma oportunidade de assumir uma empreender no segmento de moda assumindo uma loja que estava sendo repassada. “Eu não tinha dinheiro para investir no negócio, mas conseguimos chegar a um acordo com a proprietária para pagar de forma parcelada com o lucro mensal que a loja teria. Foi um ano de muito aprendizado, principalmente na área de gestão e administração de uma empresa. Assumi a loja, larguei o emprego na faculdade, mas segui estudando Marketing no mesmo local”, ele conta.
Algum tempo depois, ele foi convidado para abrir uma nova empresa, no ramo esportivo. O sucesso foi tanto que em pouco tempo ele já administrava três empresas aos 20 anos de idade. Mas, como o lucro era pouco porque grande parte do valor entrava para reinvestimento, ele decidiu ir para Londres. “Achava que aquilo era muito pequeno para mim e queria buscar novos desafios. Durante essa experiência, pensei várias vezes em desistir porque passei muitas dificuldades, cheguei a ficar sem dinheiro, as empresas indo mal no Brasil, mas sabia que não podia deixar essa oportunidade de lado”, explica.
Quando voltou ao Brasil, vendeu as empresas, aproveitou a fluência no inglês e atuou durante seis anos em grandes multinacionais liderando equipes comerciais tanto no mercado interno e externo: "Lidar com pessoas e viajar sempre fez parte do meu trabalho e também do lazer, durante esse período acabei conhecendo todas as capitais do Brasil e 32 países pelo mundo.
Em 2014, o empreendedor decidiu mudar para o Recife e abriu a Smart que presta serviços e tem em sua carteira de clientes uma das empresas em que ele atuou, a Grendene. Hoje a Smart é responsável por mais de 30 milhões em vendas anuais das marcas que administra e presta consultoria para 130 clientes de varejo em diferentes estados. Depois desses resultados, o empresário percebeu que seu propósito é impactar e ajudar a vida de outras pessoas. “Comecei a dar cursos, workshops, imersões e palestras sobre vendas e empreendedorismo para pessoas pelo Brasil, quebrando esse preconceito que as pessoas sentem em relação à área de vendas”, conclui.
O objetivo dele é que as pessoas entendam que pessoas fazem negócios com pessoas que elas gostam, que se pareçam com elas, que tenham os mesmos valores, e acrescenta que o networking não tem preço.
