Viver - Esporte

Regata Aratu-Maragojipe

9 de Setembro de 2019

Por Patricia Fernandes

Uma simples regata criada ainda em 1969 por devotos de São Bartolomeu, em homenagem ao Santo Padroeiro da cidade de Maragojipe, a regata chama atenção por ter um percurso ímpar, adentrando mar e rio ao longo de 35 milhas de trechos históricos na Bahia de Todos os Santos e Rio Paraguaçu, atraindo não apenas velejadores de diversos estados do país, mas também o público que se divide a bordo de escunas, lanchas jet skis, apreciando o espetáculo colorido das velas e das paisagens.

Esse ano a regata completa 50 anos como a maior regata da Bahia e um dos mais consolidados eventos náuticos do Brasil. Com um caráter que vai além da competitividade, a Aratu-Maragojipe, agrega histórias, gerações, embarcações de variados tipos, gerando eventos em seu entorno e movimentando a economia o mercado de turismo no estado.

A "Regata de São Bartolomeu", nas primeiras edições do evento a grande maioria das embarcações participantes era composta pelos tradicionais saveiros, muito comuns e numerosos na época. Decorridos os anos, os modernos Veleiros de Oceano passaram a ser os protagonistas, distribuídos em mais de vinte classes. Os tradicionais "Saveiros de Vela de Içar", hoje em extinção, também dão grande beleza ao evento.

 

"A Regata Aratu-Maragojipe 50 anos vem expor de maneira muito positiva a exploração, não só para o turismo náutico, mas também para o religioso, ecológico, gastronômico e cultural, já que a cidade de Maragojipe, que é o destino final da regata, é a porta de entrada para inúmeros visitantes conhecerem importantes aspectos da cultura do Recôncavo, acessando cidades como São Félix, Cachoeira, Santo Amaro, Muritiba, dentre outras", declara Marcelo Fróes, um dos organizadores do evento.

Participações destaques

Grandes nomes da Vela mundial já participaram da Aratu-Maragojipe, como os irmãos Torben e Lars Grael, grandes campeões mundiais e olímpicos, Izabel Pimentel, única velejadora brasileira a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro em solitário e Júlio Esteves, navegador baiano que já singrou também em solitário as águas do Rio Nilo, Rio Amazonas e fez a travessia África-Brasil a bordo de um pequeno catamarã. Este ano, o velejador Lars Grael já confirmou seu retorno ao evento. "Este é o melhor lugar do mundo para se velejar”, declara.

Os jornalistas que participavam do II Encontro Internacional de Jornalistas de Turismo de Salvador também foram conferir de perto a regata Aratu-Maragojipe, e tiveram uma experiência única ao velejar a bordo de um catamarã e puderam acompanhar de perto o destino final dos velejadores que participavam da regata.

A 50ª Regata Aratu-Maragojipe é uma realização do Aratu Iate Clube, em parceria com a Via Náutica Consultoria & Eventos.

Comentários
Assista ao vídeo