Ele nasceu no morro de Cachoeirinha, em Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro. De família pobre, a mãe era empregada doméstica e analfabeta, Antonio Carlos Bernardes Gomes deu a volta por cima e se transformou no humorista, ator e sambista Mussum.
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Estudou e se formou ajudante de mecânico, em 1957, pelo Instituto Profissional Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Foi trabalhar como mecânico na Zona Norte do Rio até se alistar e ingressar na Força Aérea Brasileira, onde ficou durante oito anos como cabo. Nessa mesma época, início dos anos 1960, começou a tocar reco-reco no grupo musical Os Modernos do Samba e não parou mais a sua carreira artística.
Antonio Carlos, o Mussum, picado pela mosca do samba, se torna ao mesmo tempo sambista, como integrante do premiado grupo Os Originais do Samba e humorista, ao participar dos primeiros programas de humor da TV Globo.
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Mussum e os Orginais do Samba na década de 1970 |
O apelido de Mussum, que se transformou no seu nome artístico teria vindo do ator Grande Otelo que admirava a maneira como ele saía de situações embaraçosas. Mussum é na verdade o nome de um peixe que tem uma pele bastante escorregadia. Em 1970, Mussum e Os Originais do Samba chegam as paradas de sucesso com as músicas “O Assassinato do Camarão” e “A Dona do Primeiro Andar”. E com esses e outros sucessos musicais, ele começou a se destacar no grupo pelas micagens e caretas que fazia.
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Mussum com Os Originais do Samba |
Foi em 1973 que veio o convite de Renato Aragão para que ele participasse do programa “Os Trapalhões”, um grande sucesso na programação da TV Globo. Deu certo e ele formou um trio inesquecível com Renato e Dedé Santana. Logo depois o grupo se transformava em um quarteto com a entrada de Mauro Gonçalves, o Zacarias. A atuação escrachada e cheia de palavras e termos inusitados marcou a carreira de Mussum, que passou a ser admirado pelos adultos e seguido pelas crianças que o imitavam nos seus termos terminados sempre com is. Ele imortalizou palavras e expressões como “forevis”, “cacildes”, “passadis” ou “pretis”.
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Mussum com Dedé Santana e Renato Aragão |
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Mussum e os Trapalhões no cinema |
Com a morte prematura de Zacarias em março de 1990, o quarteto que já havia participado de mais de 20 filmes, todos grandes sucessos de bilheteria, voltou a ser um trio e teve um baque ainda maior quando Mussum faleceu em 29 de julho de 1994, na capital paulista, vitimado por complicações após um transplante de coração.
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Mussum no cinema com Os Trapalhões |
Ele se casou várias vezes e teve cinco filhos, um deles o hoje ator Mussunzinho, que tinha apenas um ano quando o pai faleceu. Em sua homenagem, em 2014, nos 20 anos de sua morte, foi lançado o livro “Mussum forévis – Samba e Trapalhões”, escrito pelo jornalista Juliano Barreto.