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Como é ser um fotógrafo nos dias de hoje quando todos podem ter acesso à fotografia digital

20 de Agosto de 2019

Como é ser um fotógrafo nos dias de hoje quando todos podem ter acesso à fotografia digital

A  fotografia, hoje tão presente nas nossas vidas através dos smartphones e equipamentos digital, e que até parece algo banalizado dada a facilidade proporcionada pela tecnologia, na verdade foi uma das maiores invenções do século XIX. Todos hoje podem ter acesso à fotografia digital, mas a fotografia em si está longe de ser algo banal.

O fotógrafo e palestrante Rodolfo Santos explica como a tecnologia foi capaz de tornar a fotografia algo acessível: “equipamentos com câmaras fotográficas cada vez mais sofisticadas, alteraram a forma como as pessoas compartilham suas imagens e se relacionam com a fotografia. A fotografia digital tomou o lugar dos processos físico-químicos da revelação e da fixação da fotografia, que era realizado em uma complexa associação de condições ambientais e de iluminação a produtos químicos. Hoje ter uma fotografia digital é simples, instantâneo e barato”. 

Explosão da fotografia digital

Rodolfo Santos conta que devido a facilidade, a fotografia se tornou uma febre: “A primeira fotografia que se reconhece data do ano de 1826, feita pelo francês Joseph Nicéphore Niépce. Desde então, a técnica sofreu várias mudanças. Dados revelam que só no facebook são postadas mais de 100 milhões de fotos por dia em todo o mundo”. 

O fotógrafo  Rodolfo Santos (Reprodução / MF Press Global)

O papel do fotógrafo na era digital

A tecnologia permite cada vez mais às pessoas melhorar a qualidade, aumentar a resolução e a realidade das cores, potencializado com softwares de edição e melhoria de imagens. 

Ainda assim, Rodolfo revela que o mercado de fotografia não está em declínio: “A fotografia abrange todas as áreas das nossas vidas, porque permite registar e arquivar fatos e momentos. A verdade é que esta é utilizada massivamente na ciência, justiça, comunicação social, e outras áreas sérias da sociedade, logo vai muito além de um lazer. E por isso o mercado de fotografia não enfrenta crise. Apesar de todos poderem, teoricamente, ter acesso a boas câmeras em seus celulares e até mesmo equipamentos profissionais, faz toda a diferença o profissional que está por trás das lentes e as pessoas sabem disto”. 

Fotógrafo de casamento é uma das principais áreas atualmente

Há três mil casamentos no Brasil por dia e o nível da fotografia de casamento é altíssimo e não está restrito às grandes cidades: “Isso é resultado da internet, da quantidade de eventos e de uma mudança alinhada com a nova fase das redes sociais. Os casais querem um serviço recomendado, de alto nível e que faça jus a data mais importante de suas vidas. Por isso este mercado não para de crescer”. 

Muito além da tecnologia

Para Rodolfo Santos, é importante perceber que a tecnologia veio como um facilitador mas não tornou a figura do fotógrafo dispensável: “há uma diferença entre obter uma imagem e uma fotografia. A tecnologia alterou muitos processos na obtenção de imagens mas não alterou a essência da fotografia. O fotógrafo é aquele que tem a sensibilidade para captar os momentos com uma visão artística, quase poética, extraindo o melhor não apenas dos equipamentos, da luz e afins, mas principalmente das pessoas e paisagens retratadas. É transmitir e eternizar sua visão da nossa realidade. Uma imagem pode ser qualquer coisa, uma foto tirada por engano do chão, já a fotografia tem um conceito, um estudo, um profissional preparado e que dedica a vida para aquele ofício, obtendo assim um resultado final especial”.

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