Os jogos da Copa América do Brasil têm início no dia 14 de junho e se estendem até o início de julho, com seis partidas programadas para acontecer na Capital paulista. Para garantir a segurança dos participantes, torcedores e da população da região neste período, as polícias Militar, Civil e Técnico-Científica se juntaram a outros 21 órgãos em uma operação interagências.
A operação “Copa América” inclui áreas como aeroportos, hotéis, centro de treinamentos e os estádios que receberão as partidas na Capital - o Morumbi e a Arena Corinthians. Para garantir que tudo ocorra de forma tranquila nesses locais, inclusive nos deslocamentos dos envolvidos, a operação foi dividida em quatro núcleos: segurança, escolta, mobilidade, emergência e saúde.
Polícia Militar
A PM ficará responsável pelo policiamento preventivo e ostensivo com o efetivo regular e também 60 vagas de Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho (Dejem), além de equipes de Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), das Forças Táticas e dos Batalhões de Ações Especiais de Polícia (Baeps), do Comando de Policiamento da Capital (CPC), em dias de jogos.
De acordo com tenente-coronel Edmilson Colonello, da Coordenadoria Operacional da PM (CoordOp), apesar de um trabalho integrado, cada órgão será protagonista de suas ações. “As atividades estão sendo organizadas há cerca de quatro meses. Um planejamento a várias mãos para que haja êxito em todos os eixos da Copa América”, explicou.
No Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) haverá ainda uma central de monitoramento envolvendo todas as agências participantes. “ Estaremos atentos a todo movimento relacionado ao campeonato e prontos para responder a qualquer eventualidade com rapidez e eficiência”, ressaltou o general Carlos Sérgio Camara Saú, comandante da unidade.
Os policiais empregados na operação terão ainda como atividade varreduras antibomba e realização de escoltas de delegações, arbitragem. O Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) participará com a distribuição de seu efetivo nas rotas previstas e nos bloqueios operacionais no entorno dos estádios, bem como no eventual apoio às escoltas.
Quanto às questões de emergência e saúde, o Corpo de Bombeiros integrará a operação auxiliando no estabelecimento de medidas para abandono de área em caso de necessidade, combate e extinção de focos de incêndios, socorro às vítimas, inclusive em acidentes de estruturas colapsadas e eventos de contaminação por agentes químicos, biológicos, radioativos e nucleares, além de protocolos para manejo de materiais contaminados.
Polícia Civil e Técnico-Científica
A Polícia Civil fará parte da operação com equipes táticas nos estádios, inclusive com atiradores de elite. “As arenas contarão com agentes da Equipe de Intervenção Estratégica (EIE) e snipers do Grupo Especial de Reação (GER)”, explicou a delegada geral adjunta, Elisabete Ferreira Sato.
Ainda de acordo com a delegada, a ação contará com o empenho de unidades especializadas – Corregedoria da Polícia Civil, Delegacia de Capturas e Delegacia Especiais (Decade), departamentos de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), e dos departamentos estaduais de Investigações Criminais (Deic) e de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) – sob coordenação da Delegacia Geral de Polícia (DGP).
A instituição também atuará no entorno dos locais dos jogos com o objetivo de combater “flanelinhas” e a venda irregular de ingressos. O efetivo será reforçado nos plantões das delegacias de polícias nas regiões onde estão localizados os estádios. Além disso, será instalada uma delegacia móvel para atendimento a ocorrências do lado externo dos estádios.
Em apoio a esse trabalho, equipes de peritos criminais, da Superintendência de Polícia Técnico-Científica, ficarão à disposição das autoridades de polícia judiciária nos locais de jogos em dias de partida. Integram a operação interagências, além das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, a Polícia Federal e Rodoviária Federal, a Guarda Civil Metropolitana (GCM), a Defesa Civil Estadual e Municipal e a Secretaria da Saúde Estadual.
Além disso, também participam a Prefeitura Municipal, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metropolitano de São Paulo (Metrô), CCR (linha 4 – amarela), SPTrans, Departamento de Transportes Públicos (DTP), Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (Grau), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Instituto de Pesos e Medias (Ipem), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), aeroportos, hotéis e o Comitê Organizador Local (COL).