Viver - Saúde

Diagnóstico precoce é essencial para o controle da esclerose múltipla

27 de Agosto de 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ainda pouco conhecida, a Esclerose Múltipla (EM) é uma doença complexa, que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC), causando dificuldades motoras e sensitivas que comprometem a qualidade de vida de seus portadores. Um dos grandes desafios para médicos e pacientes é o diagnóstico da doença, já que seus sintomas podem variar de tempos em tempos, dificultando a confirmação da enfermidade.

A doença estará em evidência ao longo desta semana, em virtude do Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, comemorado na sexta-feira, 30/08. Em João Pessoa, haverá palestras e panfletagem para a população nos dias 30 e 31/08, coordenados pelo Centro de Referência Estadual sobre EM da Paraíba (CREMPB), que funciona dentro da Fundação de Apoio ao Deficiente (FUNAD).

A manifestação da EM ocorre, em geral, em adultos jovens de 20 a 50 anos na proporção de três mulheres para cada homem. Segundo informações do Ministério da Saúde, em 2010 a taxa de prevalência no Brasil foi de aproximadamente 15 casos para cada 100.000 habitantes. Na Paraíba, há 165 casos da doença, sendo quatro em adolescentes.

“Os pacientes podem apresentar como sintomas iniciais embaçamento visual uni ou bilateral, visão dupla, perda da coordenação motora, desquilíbrio, dificuldade no controle da urina, alterações motoras e da sensibilidade”, alerta a Dra. Bianca Etelvina Santos de Oliveira, especialista em Esclerose Múltipla pela Santa Casa de São Paulo e Coordenadora do CREMPB.

Dra. Bianca explica que em muitos casos o paciente leva em média quatro anos para chegar a um especialista ou a um centro especializado em EM, o que muitas vezes agrava a evolução da doença. “Quanto mais precoce for o diagnóstico e o início do tratamento, melhor o prognóstico do paciente”, afirma.

Convivendo com a doença

A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune e integra a categoria das doenças desmielinizantes, em que a bainha de mielina dos neurônios é danificada. A bainha de mielina é uma camada de gordura (lipídios) que funciona como uma proteção aos axônios – prolongamentos dos neurônios – por onde são transportados os impulsos elétricos que permitem os movimentos e as sensações de temperatura, tato, olfato, etc. Sem a bainha de mielina, os axônios ficam como ‘fios desencapados’, prejudicando a transmissão desses impulsos às regiões afetadas. 

“O tratamento mais seguro a longo prazo é por meio dos imunomoduladores, e o que há de novo para conter a progressão da doença é o uso dos biológicos, mas no curto prazo”, afirma Dra. Bianca. Para a especialista, o apoio familiar no momento do diagnóstico da EM e no decorrer do tratamento é essencial. “Mas também é necessário ter o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada por especialistas em fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem, farmacêutica, psicologia, nutrição, terapia ocupacional, além do próprio neurologista”, acrescenta.

Confira a programação de atividades em João Pessoa/PB:
Datas: 
** 30/08, às 05h30: Café da manhã com panfletagem e divulgação da doença - Praia de Tambaú - Busto de Tamandaré, na Av. Cabo Branco;
** 31/08, às 14h30: Palestra sobre adesão ao tratamento – Prof. Dra. Maria Lúcia Brito - Coordenadora do Centro de Referência de Pernambuco (CREMPB) – Local: FUNAD – Rua Orestes Lisboa, s/n – Conjunto Pedro Gondim

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