Colunistas - André Garcia

Fomos ali comer um pão de queijo “raiz” e já voltamos Uai

1 de Novembro de 2018

Texto: Dagoberto  Filho // Fotos: Zenaide Pereira

Desta vez a minha fiel garupa sugeriu “-O Que acha de irmos até Minas comer um pão de queijo original?”
“- Uai vamos, é logo ali mesmo.”

Confesso que estava um pouco receoso com a distância a ser percorrida cerca de 750km, para percorrer em apenas um final de semana, pois seria a primeira vez que iria viajar com uma moto de média cilindrada no caso uma 300cc. Mas que bela surpresa!

Vou descrever nosso roteiro e conto para vocês sobre a moto no final da matéria.

Minas tem paisagens de tirar o folêgo

Como sempre vamos iniciar à partir da primeira parada, pois vocês podem vir de várias regiões, posto Lago Azul da Rodovia dos Bandeirantes  sentido interior.

Nosso já tradicional café com pão de semolina na chapa e vamos gastar gasolina, pois o trajeto é longo, não paramos em nenhuma cidade no caminho, mas se você tiver mais tempo, vale a parada em cada uma delas.
Logo após o posto Lago azul, pegue a saída 59 para Jundiaí / Itatiba, siga sentido Itatiba, estrada muito bem pavimentada e tranquila, quase no final desse trecho tem um pedágio, deixe seu dinheiro separado.
Você vai seguir pela avenida principal e seguir placas para Morungaba (SP360).

Estradinha gostosa com belas paisagens, passando por Morungaba, siga sentido Amparo, passe por Amparo e siga sentido Jacutinga MG (SP 352) que vira MG 290 um pouco antes de Jacutinga, pronto já estamos nas Minas Gerais sô.
Deixamos Jacutinga ao lado e seguimos para Albertina, de Albertina o sentido seria Andradas, porém, não sigam as placas para Andradas MG, pois o acesso é de terra e segundo informações locais, em péssimas condições.

Casal em mototerapia

Siga sentido Espírito Santo do Pinhal, aqui outra estadinha com alguns buracos, porém tão linda que você vai devagar para apreciar a paisagem.
Chegando em Espírito Santo do Pinhal, ai sim siga em direção a Andradas MG, um pouco antes da entrada para a cidade tem um bom posto (Posto BR / Casa Geraldo / Reduto do café) que aproveitei para reabastecer, mas que bela surpresa de novo!
Abastecido e café tomado, seguimos as placas sentido Santa Rita de Caldas, depois Caldas e enfim Pocinhos do Rio Verde.
Isso mesmo Pocinhos do Rio Verde, já ouviu falar? Nem eu tinha ouvido.
Foi por acaso, um bairro de Caldas, bem pequeno, mas com boas atrações.

Lançada em 2017, Versys X-300 oferece conforto e versatilidade para o dia a dia e viagens

Vale a visita nas cachoeiras (acesso de terra), Não deixe de visitar o Balneário de Pocinhos, e se banhar nas águas termais, que dizem ter propriedades medicinais.
Nos hospedamos no Grande Hotel Pocinhos, um hotel histórico, aconselho fazer a reserva com certa antecedência, pois devido ao balneário, a procura é grande.
Se você tiver um espírito aventureiro, suba até a “Pedra do Coração” acesso bem íngreme e com muitas curvas, lá de cima pode-se avistar toda a cidade e um lindo pôr do sol.
A noite não existe muito o que fazer, para nossa sorte, estava acontecendo um encontro de Food Trucks, bem na praça central, que aliás, tem uma particularidade engraçada, existe uma igreja em cada extremo da praça, uma de frente para outra.

Nada acalma mais que o som de uma cachoeira

Domingo dia do retorno, resolvemos não acordar tão cedo, já que o trajeto da volta seria, digamos, mais tradicional.

Depois de um belo café da manhã e agora sim comendo o pão de queijo “raiz”, “original”, partimos em direção a Poços de Caldas MG, bem pertinho, apenas 45km.
Uma paradinha rápida em Poços, só para comprar um queijinho mineiro e seguimos na direção de Aguaí, depois Mogi Guaçu, Mogi Mirim, e São Paulo.
Se você leu até aqui e não trapaceou, ainda não sabe com qual moto nós viajamos.
A moto escolhida desta vez foi uma Kawasaki Versys X-300 Tourer.

Esta versão vem de fábrica com as malas laterais, faróis auxiliares, protetor de mão, protetor de motor, cavalete central e tomada 12V no painel.
Só achei ruim que as malas laterais são fixas e só saem com auxílio de ferramentas, ruim para quem gosta de descer no hotel com as malas da moto.
Porém a moto nos surpreendeu tanto, mais tanto, que esse probleminha não tirou a nossa boa impressão, boa não “ótima”.

E digo nossa, pois eu e minha mulher e companheira de aventuras, estamos acostumados a viajar com diferentes motos, normalmente de alta cilindrada e no estilo indicado para viagens, mas como eu disse essa era a primeira vez com uma moto de menor porte, a Versys 300 nos surpreendeu com o extremo conforto para piloto e garupa, não espere alto desempenho, mas siga tranqüilo na faixa dos 140km/h, super estável, boa suspensão e freios (com ABS), como também passamos por diversos trechos de terra, posso afirmar que ela se comportou muito bem em todos os terrenos, além de ser muito econômica.
Se Você já viu, mas ainda não teve a oportunidade de dar uma volta, vá até o concessionário mais próximo e faça seu test-drive.


Dagoberto Filho.
Sou apenas um motociclista apaixonado pelas duas rodas que pilota desde os 5 anos de idade, aos 9 começou a correr de motovelocidade e depois Motocross, retornei as pistas como piloto de supermoto e por 4 anos fui o instrutor da categoria Junior Cup, categoria escola, destinada a formação de pilotos de 8 a 16 anos.


 

 

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