Hilário Kobayashi, Diretor de Relações Institucionais, André Garcia e Afonso Cagnino, Gerente de Relações Instituicionais da Yamaha |
Ações de segurança viária com foco na motocicleta ganha nova força
A motocicleta democratizou o meio de transporte no Brasil, devido aos seus baixos valores de compra, custo de manutenção, gastos com combustível, menos poluente e oferecendo grande mobilidade, já que raramente fica parado no trânsito dado o pouco espaço que ocupa; com isso o número de motocicletas circulantes no país aumentou de forma exponencial e a sociedade não se adequou à utilização deste veículo com a mesma velocidade. Pior foi o desprezo pelo Congresso Nacional na Lei 12.587/12 - Política Nacional de Mobilidade Urbana, que levou mais de 20 anos de tramitação, sem qualquer noção ou conhecimento técnico, jogou o veículo de duas rodas na mesma vala do automóvel, perdendo grande oportunidade de interligar o veículo de duas rodas com malha ferroviária, com bolsões de estacionamento, por exemplo, como acontece em cidades como Milão.
Entrada/Saíde de Metrô em Milão. Bolsão grátis de estacionamento para motos e bicicletas |
Atuando como jornalista especializado em duas rodas, este que vos escreve como motociclista, advogado por formação, especializou-se em trânsito e uniu conhecimento de produto, legislação e magistério desde os primórdios da faculdade e pela passagem na FUNENSEG, hoje Escola Nacional de Seguros, ainda aliado a experiência de rodagem pela utilização diária e em viagens do veículo de duas rodas.
Estação Central de Milão. Sem bolsão, motos podem parar em calçada, desde que não atrapalhe o pedestre |
Assim, nasceu o projeto que tem como objetivo aculturar parte da sociedade que não têm acesso adequado à informação e curso de pilotagem para utilização adequada do veículo de duas rodas, abordando questões comportamentais, a utilização de equipamentos de segurança, a escolha, aquisição e manutenção da motocicleta, todavia, por mais óbvio que possa parecer, só a educação pode exterminar a violência no trânsito.
Desde 2012 o Projeto já atendeu diversas empresas como BRF, Magneti Marelli, Portonave, Positron, Hospital Israelita Albert Einstein, Rede Record, dentre muitas outras, além de universidades, como Anhanguera, que tem em comum o deslocamento de pessoas com o veículo de duas rodas.
Durante apresentação para NMax Club SP. Foto: Alides Rasabone Garcia |
Em 2018 o projeto se tornou matéria de extensão universitária dentro do curso de Gestão Ambiental da Universidade Federal de Rondônia - UNIR, tendo como entusiasta o Professor e Mestre em Sociologia Renato Pinto de Almeida Neto, leitor de André Garcia desde que começou a colaborar com o Motonline em 2007, já abordava questões de segurança em sua coluna e pegava no pé dos membros do fórum quanto a utilização de equipamentos. Com isso, a UNIR se tornou a primeira universidade no Brasil a cumprir integralmente o artigo 76 do Código de Trânsito Brasileiro: “A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação”, firmando parcerias com André Garcia que dará subsídios teórico e técnico, DETRAN/RO e empresários daquela região que sentem na pele a necessidade de levar educação para todos. Leia aqui
Ainda em 2018, foi firmado convênio com o Centro Paula Souza que aderiu ao Movimento Paulista de Segurança Viária no Estado de São Paulo, dando importante passo social e legal criando o tema “Mobilidade” para não só cumprir a regra do CTB, acima mencionado, mas ciente do papel fundamental da escola na sociedade, já que a instituição tem como público adolescente e adultos de 14 à 30 anos de idade em suas ETEC´s e FATEC´s, coincidentemente, faixa etária que mais aparece nas tristes estatísticas de acidentes de trânsito. Parceria publicada no DOE em 14/05/2018.
Durante apresentação na ETEC Cubatão. |
Com total sinergia de missão e valores, a Yamaha Motor Brasil patrocinará institucionalmente o Projeto Motociclismo com Segurança. Necessário explicar ao amigo (a) leitor(a) que quando se fala “institucionalmente”, significa que as ações não têm qualquer vínculo comercial ou de marketing, em miúdos, não está ligado aos resultados de comepetição e ou vendas de produtos, por exemplo, como ocorre com o patrocínio de um piloto.
O objetivo da Yamaha como fabricante de motocicletas, quadriciclos, motores de popa, waverunners (moto aquática) e instrumentos musicais, é, tão somente viabilizar a informação, necessário frisar, sem pautar, por meio de ações educacionais para aculturar a sociedade em segurança viária e o motociclismo.
Prof. Renato durante apresentação em Guajará-Mirim/RO. Foto: Adelino Francisco de Souza |
Diante de tal vínculo, mesmo que não exigido contratualmente, André Garcia por uma questão ética, não mais fará pautas de testes ou avaliações de produtos de duas rodas de outras marcas, enquanto perdurar tal relacionamento em respeito aos leitores e as marcas e fabricantes. Mas, todos os “press releases” estão com publicação garantida na coluna MOTOR, no Cartão de Visita ou na coluna André Garcia ou no Blog “Moto, Segurança e Trânsito” aqui no R7.
Elogios só aumenta a responsabilidade |
Necessário agradecer pessoas (são tantos nomes) e fabricantes que de alguma forma, acreditaram e apoiaram no Projeto Motociclismo com Segurança a chegar até aqui: Vanessa Gianellini da VGCOM, por sua assessoria de imprensa até 2016, Claudinei Cordiolli grande amigo que foi um pilar quase central, Kawasaki, Triumph, Ducati e BMW, que por meio de empréstimos das motocicletas, foi possível o deslocamento para atendimento, a minha família e em especial a minha esposa Alides que teve paciência e sempre anuiu em tirar do bolso por entender a grande missão de salvar vidas.
Um agradecimento especial a Ryo Harada, meu primeiro editor, incentivador e amigo, coincidentemente ex-Yamaha, que me ensinou muito sobre mercado de duas rodas.
Yamaha MT-09 TRACER será a moto utilizada no projeto junto com a ST 1200DX e o scooter NMAX 160ABS |
Por fim, agradeço aos leitores, alunos, motociclistas, motoqueiros, ciclistas, motoristas e pedestres que são a razão disso tudo. Com a crítica aprimoramos, com o elogio a responsabilidade aumenta.
Há muito trabalho!!!!