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Polícia investiga novos casos de abuso sexual na base do Santos Futebol Clube

18 de Abril de 2018

A Delegacia de Repressão e Combate à Pedofilia investiga novos casos de abuso sexual dentro do Santos após denúncia feita por Ruan Patrick Aguiar de Carvalho contra o coordenador das categorias de base do clube, Ricardo Marco Crivelli, conhecido como Lica. A informação do primeiro caso foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

Nesta quarta-feira (18), uma nova testemunha prestou depoimento em São Paulo e existem pelo menos mais duas "vítimas em potencial", ou seja, atletas que também teriam sido abusadas sexualmente, de acordo com os investigadores. Essa nova testemunha informou à polícia que esteve no mesmo local do suposto crime delatado por Ruan e que também teria sido assediado.

Clube afastou Ricardo Marco Crivelli, coordenador da categoria de base do Santos

Clube afastou Ricardo Marco Crivelli, coordenador da categoria de base do Santos

Foto: Alexandre Schneider/Getty Images - 11.12.2016

O local é a residência de um antigo empresário do jogador, fora das dependências do clube. O crime teria acontecido em 2010, quando Ruan tinha 11 anos. A idade da nova testemunha não foi revelada. Ruan registrou um boletim de ocorrência na última sexta-feira (13) e as investigações estão sendo conduzidas sob sigilo de Justiça.

Adriano Vanni, advogado de Lica, diz que o seu cliente é inocente. "Ele nega peremptoriamente, é o maior interessado em demonstrar a verdade. Já o coloquei à disposição da autoridade policial para ser ouvido. O que nos deixa tranquilos é que a delegacia que investiga o caso é especializada em crimes de pedofilia. Quem atende é expert no assunto. Temos certeza e convicção de que vão descobrir a verdade e ele (Lica) é inocente", disse.

O presidente do Sindicato dos Atletas, Rinaldo Martorelli, destaca que a entidade lidera uma campanha contra casos de assédio sexual no esporte. "Recebemos a informação sobre o caso na sexta-feira, mas não de forma oficial do atleta. Soube, inclusive, que haveria registro do B.O. e abertura de inquérito. O assunto é delicado e temos duas posturas. Primeiro, vamos acompanhar a apuração do caso. A partir da abertura do inquérito, nosso corpo jurídico vai ficar em cima e acompanhar. Estamos trabalhando nisso (combate à pedofilia) há mais tempo e isso mostra a importância do nosso trabalho", disse.

Fonte: R7 | AGÊNCIA ESTADO

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