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Da infância até a adolescência, saiba como estimular o neurodesenvolvimento do seu filho em cada eta

15 de Janeiro de 2018
Foto: Divulgação 

Desde o nascimento, o desenvolvimento da criança deve ser acompanhado constantemente para prevenir e assegurar a boa saúde física e mental na vida adulta. As experiências – sensorial, perceptiva, afetiva, motora, linguística e intelectual – influenciam diretamente a maneira como a criança vai lidar com o mundo e devem ser estimuladas já na primeira infância, uma vez que nos primeiros dois anos de vida o cérebro do bebê é capaz de formar até 700 sinapses – ligações entre os neurônios – por segundo. Por isso, nesse período o aprendizado é mais intenso. A alimentação adequada também é fundamental para obter sucesso neste desenvolvimento, já que nutrientes como ômega 3 colaboram para o desenvolvimento e formação de sinapses cerebrais.

A pediatra Dra. Denise Varella Katz chama atenção para o assunto e explica: o neurodesenvolvimento transcorre em fases, que correspondem aos tempos de vida; cada fase necessita de estímulos únicos que serão fundamentais para o desenvolvimento da criança. Entenda melhor cada fase do desenvolvimento da criança:

Primeira infância (0 a 2 anos)

Na primeira infância, a criança tem um desenvolvimento sensório-motor com a construção de esquemas de ação inteligência prática. Isto é, o bebê começa a compreender seus movimentos e a diferença entre eles. Também percebe que algumas de suas atitudes chamam atenção dos adultos e usa isso a seu favor, um exemplo é choro. É também durante essa fase que surgem os primeiros sentimentos, como a alegria e tristeza.  

Neste período estimule o desenvolvimento do seu filho apresentando objetos com formas e cores variadas. Conte histórias e converse com ele, por mais que ainda não entenda. Isso será importante para que ele aprenda a falar.

Segunda infância (2 a 6 anos)

Chamado de período pré-operatório, nesta fase há uma construção de esquemas mentais, inteligência representativa, desenvolvimento da fala e egocentrismo. A criança começa a desenvolver a capacidade de imitar, se expressar e falar. Nesse estágio a criança acredita que todos pensam como ela e é incapaz de se colocar no lugar do outro.

Neste período ensine regras e estimule a autonomia deixando seu filho alimentar-se e vestir-se sozinho, mas sempre com a sua supervisão.

Terceira infância (7 a 11 anos)

Na terceira fase, a criança desenvolve habilidades relacionadas às operações concretas, com pensamentos lógicos e raciocínio. Não apresenta dificuldades na solução de problemas e constrói argumentos adequados para suas respostas, quando surgem conflitos. Usa o raciocínio para resolver.

Neste período incentive que seu filho faça atividades esportivas, isso desenvolverá habilidades motoras, sociais e contribuirá para que ele ganhe autoconfiança. Estimule também que ele crie uma rotina e desenvolva organização.

Puberdade e adolescência (acima dos 11 anos)

Na puberdade e início da adolescência o pré-adolescente começa a desenvolver habilidades ligadas às operações formais, pensamento hipotético–dedutivo e inteligência lógico-abstrata. Neste período eles levantam hipóteses e deduzem conclusões com clareza. Utiliza o aprendizado de outras fases para fortalecer suas hipóteses. 

“A neuroplasticidade é a capacidade do sistema nervoso de alterar a sua estrutura e função por meio do desenvolvimento neuronal. As diferentes experiências que são vivenciadas nos campos sensorial, perceptivo, motor, linguístico e intelectual estimulam os avanços e o aprendizado é potencializado pela repetição destas habilidades. É importante que os pais se atentem à qualidade dos estímulos, pois eles determinam se o desenvolvimento será lento ou ágil, já a sua ausência pode prejudicar a aprendizagem de forma permanente. Para garantir que a criança tenha uma boa evolução, estimule o seu filho em cada fase com brincadeiras, jogos, leituras, conversas, introdução de regras, incentivo de autonomia e organização, além de ingerir alimentos ou suplementação ricos em Ômega 3, que comprovadamente auxiliam na formação de sinapses cerebrais”, explica a pediatra.

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