Tempo seco e oscilações de temperatura são responsáveis pela maioria dos problemas respiratórios, comuns nessa época do ano. Essas mudanças climáticas também podem desencadear problemas cardíacos, chegando a um aumento de 25% nesse período, segundo a Associação Americana do Coração. Para o cardiologista do Hospital e Maternidade Brasil, Dr. Cleber Mazzaro, nessa época há maior incidência de doenças do aparelho respiratório, incluindo os pulmões, faringe, laringe e ouvidos. “Esses processos virais e bacterianos podem ativar o sistema inflamatório do organismo, que está diretamente relacionado aos problemas do coração”, explica o especialista.
As síndromes coronárias também estão relacionadas com os meses que possuem os maiores índices de poluição atmosférica, principalmente quando o tempo está seco e há grande dispersão de poluentes. Outros fatores importantes são os ‘espasmos’ que o corpo produz, contrações involuntárias que podem levar a interrupção momentânea de sangue para uma determinada região, e causam aumento da pressão arterial, deixando o organismo pré-disposto para a formação de coágulos no sangue. Por conta desses ‘espasmos’ o coração precisa trabalhar mais para movimentar o sangue por todo o corpo, causando uma arritmia, por exemplo.
“Os tabagistas, idosos e hipertensos são mais propensos a desenvolver problemas cardíacos nesta época do ano e é importante que esse grupo de pessoas fique atento aos cuidados que devem ter, como alimentação, principalmente porque os números de mortes por infarto aumentam”, finaliza o Dr. Mazzaro.