Nem bem curtiu o pódio em Pikes Peak, uma das mais desafiadoras corridas de motos do mundo, o piloto Yamaha Racing Rafael Paschoalin retornou aos Estados Unidos para um novo desafio: a participação em corridas de Flat Track, algumas inclusive sob chancela do AMA (American Motorcycle Association) –, e o melhor, com direito a vitórias!
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A modalidade, que tem ganho cada vez mais notoriedade em função das constantes divulgações das corridas disputadas na pista particular de Valentiro Rossi, é tradicional nos Estados Unidos e já consagrou nomes como Kenny Roberts e Nicky Hayden.
Disputadas em pistas com formato oval e piso de terra batida, cujos percursos variam de meia a uma milha, as corridas de Flat Track colocam à prova a habilidade do piloto, que precisa controlar através do acelerador, a derrapagem em curvas.
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A aventura de Rafael em desbravar os Estados Unidos em busca de competições de Flat Track, na verdade começou no dia seguinte à conquista do segundo lugar na categoria Middleweight no Pikes Peak, disputado maio deste ano. Paschoalin chamou atenção dos americanos – em especial de Davey Durelle, uma das lendas do esporte –, pois mesmo sem nunca ter tido contato antes com a modalidade, conseguiu tempos bem próximos ao de pilotos profissionais com muitos anos de experiência neste tipo de corrida.
De sentir pela primeira vez a emoção de acelerar num oval de terra, para ser o primeiro Brasileiro a fazer parte de um gate de uma prova do AMA Flat Track, passaram-se apenas dois meses. Ao guidão de uma Yamaha YZ450F modificada dias antes das competições, Rafael Paschoalin conquistou já em sua estreia, um surpreendente resultado: no All Stars Flat Track, realizado em Sturgis, na Dakota do Sul (EUA) – Rafa venceu uma corrida e ficou em segundo na outra.
Dias depois, no estado do Kansas, Rafael disputou o I-70 Flat Track Series. Nele, o piloto da Yamaha Racing Brasil mostrou o quanto é brilhante, pois mesmo com pouca experiência nesta modalidade, foi capaz de conquistar três vitórias e uma segunda colocação.
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Para Rafael, a experiência vivida nos Estados Unidos vai além da conquista de troféus em uma categoria tão amada e disputada pelos americanos. Para ele, o aprendizado contribuiu para sua evolução como piloto, tornando-o inclusive, mais competitivo para competições como o Pikes Peak e o Ilha de Man TT, ambas nos planos do piloto Yamaha Racing para 2018. Segundo Rafael, “ Essa experiência me fez entender o porquê dos principais pilotos praticarem o Flat Track. Para ter sucesso nessa modalidade você precisa ter muita sensibilidade e achar a aderência mesmo quando ela quase não existe. A Yamaha YZ450F, mesmo com motor sem alterações e escape original, surpreendeu a todos e andou na frente de outras motos que tinham muito investimento em preparação”, e completa: “Não poderia deixar de agradecer ao meu técnico Davey Durelle e a James Osborne, que me ajudaram muito. Meus patrocinadores também foram fundamentais para meu sucesso”.