O presidente reeleito da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP) falou sobre a migração das rádios AM para FM e sobre os interesses da radiodifusão no programa Cartão de Visita.
— Acredito que as emissoras, ao menos durante um período que penso ser no mínimo de cinco anos, irão operar em AM e FM simultaneamente.
Paulito, como é conhecido, disse se sentir emocionado e em casa ao voltar na emissora pela segunda vez depois de tantos anos, e contou à apresentadora curiosidades dos bastidores da época que ocupava cargos de diretoria na Rádio e Televisão Record e lembrou com saudosismo de grandes comunicadores que fizeram história como Barros de Alencar, Hebe Camargo, Gil Gomes, Eli Correa, Murilo Antunes Alves, Osmar Santos, entre outros.
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Zacarias Pagnanelli, Paulo Machado de Carvalho Neto e Fábio Porchat |
Crédito: Karina Lajusticia |
— O rádio me fascina, principalmente por despertar a criatividade. No rádio, você tem a facilidade de fazer com que as pessoas se integrem, participem, enfim, é viciante. Me lembro que tinha um comunicador, na época da Record, que trabalhava sem roupa, porque se sentia mais à vontade daquela forma. Mas veja, eram momentos extremamente importantes por ser algo extremamente vivo, que nascia da criatividade do momento, da criação daquela oportunidade.
E falando sobre os programas de TV, completou:
— Sinto saudades dos festivais ao vivo que marcaram a época para mim. Trabalhávamos com uma intensidade brutal e as pessoas no teatro vibravam com aquilo e participavam de uma forma muito intensa. Onde vimos surgir Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina, grande marco... fantástico, uma época inesquecível.