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Foto: Rodrigo Braga / MF Press Global |
A polêmica ideia legislativa com o objetivo de criminalizar o funk atingiu na última semana mais de 20 mil assinaturas no site do Senado e foi encaminhada para a relatoria do senador Cidinho Santos (PR) na CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa). Na contramão das mais de milhares de pessoas que demonstraram ser a favor da proposta está o cantor MC Koringa, sensação do estilo musical.
"Acho que criminalizar o funk é descarregar uma culpa em uma vertente musical que não tem haver com a origem dos problemas. O descaso com a educação, com a saúde e por fim com a segurança, isso sim deveria ser criminalizado e responsabilizado a aqueles que praticam a omissão desses serviços. Quem desfruta de uma realidade dura, relata e/ou expressa essa realidade através de atitudes, comportamentos que acabam se tornando cultural dessas pessoas que vivem essa realidade. Paralelo a isso, aproveito também para dizer que assim como em qualquer, disse qualquer setor de trabalho, existem bons profissionais e maus profissionais. O funk é um ritmo popular e oriundo das classes mais desfavorecidas", dispara o cantor.
"Muitos jovens sonham em ter uma carreira no funk pela 'facilidade' de entrar, por não precisar investir em instrumentos caríssimos como de bandas. Uma boa parte visa a carreira com responsabilidade, quer dar uma vida melhor para a família, comprar imóveis, ter um carro e fazer outros investimentos. Já uma outra parte nem sabe o que é ter responsabilidade com o trabalho e visa apenas momentos de ostentação, drogas, relacionamentos aventureiros e outros. Resumindo, o funk é uma cultura, tem bons e maus profissionais e não tem culpa da realidade que é proporcionada a alguns", finaliza MC Koringa.