Colaboradores - Lica Gimenes

Câncer ginecológico: exames preventivos têm papel essencial no combate à doença

16 de Maio de 2017

Tumores que acometem os órgãos sexuais femininos estão cada vez mais frequentes. Apesar da alta incidência, simples atitudes como exames e consultas regulares com ginecologistas, podem prevenir a doença e auxiliar o diagnóstico precoce - aumentando as chances de sucesso no tratamento.

Diocésio Andrade - crédito Fabricio Fiacadori.

 

"As pacientes com câncer ginecológico costumam apresentar sintomas visíveis somente em estágio avançado. Nesses casos, pode ser necessário até a retirada de parte ou de toda estrutura reprodutiva para preservar a saúde da paciente”, explica Diocésio Andrade, oncologista do Grupo Oncoclínicas/InORP (Instituto Oncológico de Ribeirão Preto). Por essa razão, o acompanhamento com um especialista é o principal aliado da mulher na luta contra a doença, pois auxilia o diagnóstico precoce e, consequentemente, aumenta as chances de sucesso no tratamento.

De acordo com o oncologista, ao todo, são cinco tumores que podem atingir essa região: câncer de colo do útero, endométrio, vulva, ovário e vagina.

 

Câncer de colo do útero

Com desenvolvimento lento e silencioso, este tipo de tumor atinge cerca de 530 mil mulheres por ano no mundo, sendo o terceiro tipo de câncer mais comum entre a população feminina no Brasil. Inicialmente esse tipo de câncer pode não apresentar sintomas, dificultando a detecção. Quando em estágio avançado, pode apresentar quadros de sangramento vaginal fora do período menstrual ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a problemas urinários ou intestinais.

A realização periódica do exame Papanicolau, o uso de preservativos e a vacinação contra HPV são essenciais para prevenção e diagnóstico precoce da doença, além de aumentar as chances de cura.

Câncer de endométrio

Este tipo de câncer atinge o revestimento interno do útero, sendo a maioria diagnosticada em mulheres com idade acima de 55 anos. Os sintomas mais comuns são sangramento anormal – até mesmo durante a menopausa –, secreção aquosa ou com sangue muito claro, dor pélvica e dor durante a relação sexual.

Câncer de vulva

Coceiras crônicas e surgimento de úlceras, feridas ou gânglios podem ser sinais de câncer de vulva. A doença pode estar relacionada à infecção pelo vírus HPV ou evoluir a partir da coceira crônica causada por alterações na pele da vulva.

Câncer do ovário

Este tipo é um dos que apresentam maior dificuldade de detecção: cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão são diagnosticados em estágio avançado, segundo dados do Inca. Grande parte dos tumores de ovário são carcinomas epiteliais (tem início nas células da superfície do órgão) ou de células germinativas (que dão origem aos ovócitos).

Câncer de vagina

O câncer de vagina é o tumor ginecológico mais raro: representando menos de 1%. Os principais sintomas são sangramento e corrimento vaginal anormais, massa palpável e dor durante a relação sexual.

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