O câncer de esôfago corresponde a quase 11 mil diagnósticos no Brasil, sendo o 6º mais frequente entre os homens, segundo dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer. A doença atinge o tubo que liga a garganta ao estômago e pode ser de dois tipos distintos: carcinoma epidermóide ou escamoso (responsável por 96% dos casos) e o adenocarcinoma, que vem aumentando gradativamente.
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Hábitos saudáveis reduzem risco de câncer de esôfago
“A doença é classificada de acordo com as células de origem que sofreram alterações anormais levando a formação do tumor. O tipo carcinoma epidermóide, se inicia nas células chamadas escamosas, participantes do revestimento do órgão, podendo ocorrer ao longo do esôfago. Já o adenocarcinoma, tem início nas células glandulares e ocorrem principalmente no esôfago inferior”, explica Mariana Batista, oncologista do InORP (Instituto Oncológico de Ribeirão Preto).
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Sinais de alerta
Na fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais, segundo a oncologista. Sendo assim, pessoas que sofrem de refluxo gastroesofágico, estreitamento do esôfago e condições hereditárias específicas devem ser acompanhadas devido ao maior risco de desenvolverem esta neoplasia.
Com o avanço da doença, no entanto, podem surgir sintomas como dificuldade e dor ao engolir, dor no peito, perda de peso, rouquidão, tosse persistente, vômito, pneumonia recorrente, dor óssea e hemorragia.
Prevenção
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Dra Mariana Batista |
“Ter hábitos de vida saudáveis, como não fumar, evitar ingerir bebidas alcoólicas ou quentes, praticar atividades físicas e ter uma alimentação equilibrada é a melhor maneira de prevenir esse tipo de câncer”, ressalta Mariana Batista. |
O diagnóstico é feito através da endoscopia (exame de imagem que investiga o interior do tubo digestivo) e biópsia de lesões suspeitas. Se diagnosticado precocemente, as chances de sucesso no tratamento chegam a 98%, segundo dados do INCA. “Após avaliação médica do paciente, o tratamento pode ser realizado através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia”, finaliza.