Foto: Daniela Boechat / MF Press Global |
Aos 21 anos e recém formada pela faculdade CAL de Artes Cênicas, Dayanna Maia enfrenta uma dificuldade comum para os jovens atores que recém entraram no mercado de trabalho: O teatro independente.
"Tem que acreditar e querer muito. Estar sempre criando projetos, escrevendo, pensando, produzindo. Correndo muito atrás todo minuto para conseguir executar" diz a atriz.
Dayanna faz parte da Cia. Teatro de Acácia composta só por mulheres. E irá estrear a primeira peça autoral do grupo chamada Efêmera.
A peça fala sobre as relações humanas, mostrando o poder e a força do sexo feminino, como essas sete mulheres sobrevivem, juntas, em um mundo pós apocalíptico. No contexto um vírus letal se alastrou pela população, causando muitas mortes, violência e guerras entre as comunidades mundo a fora.
"Essas mulheres convivem anos presas em uma casa. Elas acham que são as únicas mulheres vivas da humanidade, mas não saem da casa por medo e pela relação de dependência estabelecida com as outras mulheres. Tudo isso é abalado quando uma outra mulher aparece misteriosamente dentro da casa. Mexendo com tudo que todas acreditavam ser verdade ou não."
Dayanna incentiva muito os jovens que querem viver de teatro e conta que até vender cachaça no carnaval ela e o grupo venderam. Além de fazerem rifas, realizarem festas, eventos, tudo visando a arrecadação de fundos para realização do projeto.
"Somos um grupo bem unido. Batíamos de porta em porta procurando um lugar barato pra ensaiar porque não tínhamos muita verba. Era desesperador. Ensaiamos escondidos nos cantos da faculdade várias vezes. Quando não tínhamos mais saída, entramos em crise. É difícil conseguir pauta em teatro, fazer um bom projeto, aprovar em leis... Depois de toda burocracia e sacrifico realizada, o Espaço Rampa- Lugar de criação, topou fazer uma residência teatral com a gente. Nos dando a oportunidade que precisávamos para mostrar nosso trabalho"
A Atriz também comenta sobre sua relação com o pai, o cantor Latino: Meu pai, hoje em dia, entende que eu amo o que faço. Hoje ele sabe que vou continuar batalhando pelas minhas próprias pernas e tem orgulho de me ver até nas ruas fazendo divulgação. Ele sabe que me envolvo de corpo e alma. Hoje eu sou sua diretora financeira e isso aproximou muito a gente. Conversamos sobre projetos, futuro, carreiras... Somos bem parceiros.
A peça Efêmera, que tem direção de Rodrigo Lima, estreia no Espaço Rampa- Lugar de criação, em Copacabana, no dia 22 de Abril e vai até 14 de Maio às 20:00h.