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Sem tabu! Psoríase e erisipela não são contagiosas e o tratamento é simples

3 de Abril de 2017
 

Quem sofre com doenças de pele, como a psoríase e a erisipela, lida diariamente com coceiras e insistentes incômodos. No entanto, o que mais atormenta é ter que lidar com o receio das pessoas em relação a um possível contágio. “É fundamental entender que as causas desses problemas de pele são bacterianas ou autoimunes, portanto, não são contagiosas”, esclarece a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marcia Grieco.

Atualmente, cerca de 3% da população mundial sofre com a psoríase, de acordo com dados recentes da ONG Psoríase Brasil. A doença pode se manifestar em dois períodos da vida. O tipo I, entre os 10 e 20 anos, com forte influência familiar, ocorre em áreas maiores do corpo. O tipo II inicia entre 40 e 60 anos, geralmente com quadros mais leves e sem outros familiares acometidos.

A dermatologista ressalta que a psoríase ainda envolve fatores ambientais e psicológicos, podendo piorar quando há pouca exposição solar, grande estresse físico e psicológico, consumo de medicamentos para pressão, anti-inflamatórios e antidepressivos, além da ingestão de álcool e tabaco. Para controlar a irritação, Marcia Grieco recomenda o uso de hidratantes, pomadas com coaltar (também conhecido como alcatrão, que auxilia no controle da coceira), corticóides, ácido salicílico e imunomoduladores (para aumentar a defesa do organismo).

Diferente da psoríase, a erisipela acomete pessoas de todas as faixas etárias e com maior predominância em mulheres. Esta infecção também tem incidência em pessoas com a saúde debilitada, como desnutrição, além de portadores de doenças crônicas, varizes e até mesmo frieiras nos dedos dos pés.

“A porta de entrada da bactéria pode ser uma ferida, fissuras, arranhões ou traumas na pele. É comum atingir inicialmente as pernas, mas ocorre também no rosto, orelha e braço”, destaca.

Após a incubação de até cinco dias, o paciente pode sentir febre, calafrios, fadiga e mal-estar; a pele apresenta calor local, vermelhidão, inchaço, dor e até bolhas com pus. Apesar dos sintomas serem mais intensos, o tratamento da erisipela também é simples e pode ser feito em casa com antibióticos, via oral e/ou injetáveis, anti-inflamatórios e antitérmicos, além de muita hidratação.

A especialista frisa que, apenas em casos extremos, a hospitalização é necessária, principalmente em crianças, idosos ou pacientes com doenças crônicas descompensadas. Ambas as doenças são passíveis de controle e, desta forma, levar uma vida normal.

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