Rafa / Reprodução
Rafa Brites foi parar em uma emergência médica com o filho Rocco, que nasceu no dia 2 de fevereiro, e tem pouco mais de um mês de vida. O bebê foi diagnosticado nesta quinta-feira (16) com uma bronquiolite. Doença tranquila de se curar, mas que tirou a paz do coração da mamãe de primeira Viagem.
"Hoje tivemos nossa primeira ida ao pronto socorro com o Rocco. Muito mais cedo que o esperado.Foi uma bronquiolite leve, mas afinal, alguém espera esse momento? Ver ele com algum tipo de dor ou desconforto dói em mim. Pode ser só uma careta por gases. Não importa! Preferia que fosse um soco em mim. Como é difícil manter a calma. Como é difícil fazer a malinha pra sair. Acabei pegando roupa para 1 mês com medo que ele fosse internado. Em meio a essa confusão, hora eu acalmando o meu marido,hora ele me acalmando - é engraçada essa dinâmica parece que nunca os dois sucumbem juntos - , eu me deparei com uma gratidão. Parece quase masoquista. Mas agradeci por ter conhecido um outro lado meu. Me vi forte. Com a sacola dele num braço a carteirinha do plano no outro, o segurando para fazer os exames. Mesmo sem dormir a Noite sem tomar café da manhã eu estava ali e poderia cuidar de 10 Crianças se preciso fosse. Vi de fora a mutação. Vi a Rafa mulher tomando conta da Rafa menina. Por dentro chorando, mas por fora plácida, conversando com meu filho, que estava tudo bem, que já ia passar... Não tem espaço pra o vitimismo. Na hora do raio X. Fui ao banheiro,comi um pão de queijo (sim no banheiro) chorei, enxuguei e saí recomposta. Em volta, várias outras mães, pais e avós com as caras de assustados e valentes ao mesmo tempo. As atendentes com um olhar solidário mesmo acostumadas com essa cena..Da vontade de ter feito medicina! Mas imagino que outro dia eu terei desejo de ter feito odonto, psicologia etc. E acho que viramos especialistas em variedades. E essa foi a minha gratidão. Como aprendi em um mês e meio. Além de todo o sentimento que tenho estou aprendendo a lidar com novas sensações e situações que nenhuma faculdade me daria. Tentando entender o raio-X dele. Fiz o meu. Me vi por dentro! Gostei do que ví.Não foi nada sério. Voltamos pra casa e estamos monitorando. Aí vejo histórias como a do menininho Joaquim... e penso como suportar algo assim? Passa pela cabeça que eu não seria capaz. Mas lá no fundo eu sei que seria sim. E sempre serei", escreveu.