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Todos nós amamos os meses de Verão, quando podemos absorver os raios solares em uma tarde quente. Mas a dermatologista Natália Nery, veio nos explicar que as horas passadas ao Sol deixam marcas na nossa pele, como as sardas.
Na nossa pele existem células chamadas de “melanócitos”, que produzem pigmento. Quando essas células são hiperestimuladas, produzimos mais melanina do que o normal, podendo favorecer o aparecimento das sardas.
As sardas podem parecer bonitas e atraentes para algumas pessoas, que percebem pequenas manchas nos ombros, bochechas e nariz. Outros se sentem atormentados pela quantidade excessiva de manchas cobrindo seus corpos. Mas cuidado: as sardas são um sinal de que o Sol está danificando nossa pele, o que significa que é hora de se proteger.
Existem dois tipos de sarda – as simples e as causadas por queimaduras solares. As sardas simples, também chamadas de “efélides”, geralmente são genéticas e caracterizam-se por manchas castanhas claras pequenas, redondas, do tamanho da cabeça de um prego na face. Já as causadas por queimaduras solares, chamadas de “lentigos”, são mais escuras, têm bordas irregulares e podem ser maiores. Estas são mais comuns no dorso superior e nos ombros, onde normalmente temos queimaduras mais severas.
A prevenção das sardas é mais eficiente do que tentar remover as que já se desenvolveram. Tratamentos para reduzir as sardas são difíceis e nem sempre satisfatórios. Pessoas com conhecida tendência hereditária a ter manchas, devem iniciar proteção solar intensa ainda na infância. Pacientes com pele clara também são mais propensos a desenvolver sardas e requerem cuidados redobrados. Aplique quantidades generosas de protetor solar diariamente e reaplique ao longo do dia de duas em duas horas. Complemente a proteção usando chapeus e roupas com proteção solar. Evite exposição ao Sol entre 10h e 16h.
As sardas são mais comuns nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, quando o Sol está mais forte e os dias são mais longos. Por sorte, elas vão clareando nos meses seguintes, quando nossa pele se recupera dos danos solares. Em alguns pacientes, entretanto, as sardas são mais escuras e duradouras.
Para aqueles que querem amenizar as sardas, existem inúmeras opções de tratamento. Frequentemente, uma combinação de métodos pode ser necessária para atingirmos os melhores resultados. Cremes clareadores contendo hidroquinona e ácido kójico ajudam a aliviar as sardas se usados de forma regular durante vários meses. Seu médico poderá associar retinóides na fórmula para potencializar o efeito. Existem diversas terapias estéticas que podem ser indicados pelo seu médico dermatologista para potencializar o clareamento das manchas, por exemplo, dermoabrasão, peelings, crioterapia, laseres e luz pulsada. Os resultados são mais efetivos se você não se expor ao Sol durante o tratamento.
Lembre-se: independentemente do tipo de tratamento, as sardas podem facilmente recorrer com repetidas exposições solares. Então, não deixe de se proteger do Sol!
