Doença afeta mais o sexo feminino
A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou para a direita formando uma curva em forma de “S”. Pode surgir em qualquer fase da vida e ter várias causas. Entre elas temos: as causas congênitas, degenerativas, pós traumáticas e as ideopáticas, quando não se identifica o motivo.
A partir de um raio-x, o especialista consegue mensurar o grau de curvatura da coluna e planejar o tratamento. O tipo de tratamento mais adequado leva em consideração fatores como o tipo de escoliose, a faixa etária do paciente, a graduação do desvio e os sintomas apresentados pelo paciente. “As formas de tratamento são variadas e dependem do grau de desvio da coluna. Inicialmente trabalhamos com observação da evolução do quadro e tratamentos conservadores como a fisioterapia. Alguns casos graves evoluem para cirurgia”, afirma Rogério Vidal, ortopedista especializado em coluna pelo Hospital das Clínicas de São Paulo.
Quando a curvatura da coluna apresenta medidas entre 20 a 40º o tratamento pode ser feito com o uso de um acessório chamado popularmente de colete. Mas, sua utilização é bem questionada no meio médico. No caso de curvas maiores é indicado o tratamento cirúrgico. O objetivo é impedir a progressão da doença, seja através do uso do colete, ou com a cirurgia.
“O tratamento cirúrgico é destinado aos casos de desvios severos ou onde existam alterações neurológicas que causem irradiação da dor para os membros inferiores, perda de força e sensibilidade e alteração no controle de esfíncteres (fezes e urina)”, esclarece o especialista.
A escoliose afeta as meninas em uma proporção de 9/1 em comparação aos meninos. Os pais devem ficar atentos na fase da adolescência quando acontece um rápido aumento na estatura e mudanças fisiológicas importantes. Quando detectada na adolescência é possível oferecer terapia adequada e evitar problemas futuros.
O ortopedista explica ainda que a constatação do problema é feita muitas vezes nas aulas de educação física na escola. Os pais devem ficar atentos, pois a avaliação de um ortopedista é essencial. O diagnóstico precoce pode evitar a progressão da doença e até a cirurgia”, conclui o Dr. Rogério Vidal.