Colunistas - Bem Estar e Saúde

O câncer de mama na gravidez

17 de Novembro de 2016
 

A psicóloga e psicanalista Raquel Jandozza, relata a importância do amparo psicológico
durante o câncer de mama na gravidez

 

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil e tem forte representação no  maginário feminino como uma doença assustadora. E não é para menos. Em 2016, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima que haverá 57.960 novos casos de câncer de mama no Brasil, o equivalente a 25% de todos os tipos de tumores detectados nesse ano no país.

Ouvimos muito sobre tratamentos oncológicos levando em consideração o aspecto físico, mas pouco se fala sobre as demandas emocionais dos pacientes. Ainda há a possibilidade desse tipo de tumor ser diagnosticado durante a gravidez, uma condição rara, segundo estudo do Grupo Espanhol de Pesquisa em Câncer de Mama (Geicam), apresentado no dia 7 de outubro desse ano, no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica em Copenhague (Dinamarca), que representa entre 6% e 15% dos tumores de mama em mulheres com idades entre 24 e 44 anos.

Apesar de pouco frequente, o câncer de mama se desenvolve mais rápido em mulheres grávidas e é de difícil detecção, uma vez que a mama naturalmente sofre mudanças durante a gestação. Se a situação é delicada do ponto de vista físico, consideremos o emocional. Além da periculosidade, esse tipo de câncer traz mudanças estéticas e psicológicas profundas para as pessoas afetadas e seus familiares.

O medo do diagnóstico e a procrastinação do tratamento só aumentam a ansiedade e os riscos para mãe e bebê.  Portanto, quanto mais informada e confiante na equipe médica a gestante estiver, maiores as chances de superar esse momento. Para isso, além do tratamento médico, é importante um acompanhamento psicológico bem direcionado para dar suporte emocional à paciente, ao longo do processo, integrando uma rede de apoio que deve focar no otimismo e no acolhimento dessa mulher.

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