A Revide promove no dia 22 de setembro (quinta-feira), às 19h, no Theatro Pedro II – Auditório Meira Junior, uma palestra com a jornalista Eliane Cantanhêde. O tema da conversa será “As perspectivas que se abrem para o Brasil”. Atualmente, a profissional é colunista do jornal O Estado de S. Paulo e comentarista do GloboNews Em Pauta.
Formada em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB), Eliane começou a trabalhar aos 19 anos. “No terceiro semestre da graduação, quando um formando, destacado para fazer estágio no Jornal do Brasil, desistiu na última hora, um professor me indicou para o lugar, mesmo sendo novata. O aprendizado seria de três meses, mas foi renovado por mais três. Depois, acabei sendo contratada, ainda estudante. Na época o diploma não era obrigatório e, quando me formei, já era jornalista profissional, com carteira assinada”, comenta sobre a sua entrada no mercado de trabalho.
Eliane Cantanhêde |
A jornalista sempre diversificou as suas áreas de cobertura em sua carreira. “Na UnB, aproveitei os primeiros anos para fazer cursos introdutórios de economia, direito, ciências sociais e relações internacionais. Como repórter passei por diversas áreas de cobertura, como, educação, saúde, igreja, índios e militares, até descobrir que tudo é política. Quando voltei para o Jornal do Brasil, depois de oito anos na revista Veja, virei repórter de política, assumi a coordenação de política, ganhei minha primeira coluna e, no final, fui chefe de redação na sucursal de Brasília. Peguei gosto e nunca mais deixei de ser colunista, até ser, mais adiante, comentarista de rádios e tevês”, diz.
“Em minha carreira enfrentei muitos desafios. Cobri o final da ditadura militar, as Diretas Já, a vitória e a morte de Tancredo Neves, governo Sarney, Constituinte, primeiras eleições diretas, impeachment de Collor, entre outros. Sempre trabalhei muito, intensamente, com a sensação de estar vivendo o dia a dia da história, de dentro dela”, relembra Eliane Cantanhêde.
Sobre os avanços dos últimos 30 anos, a comentarista analisa que não foi só na política, mas os meios de comunicação também. “Quando comecei, tínhamos máquina de escrever e telex, depois vieram a "marmita" e o fax, até chegarmos ao computador e as duas revoluções: internet e celulares, com o inebriante Google. Lembro-me bem que jornalistas mais velhos se recusaram a trocar as máquinas de escrever por marmitas e computadores e foram ficando pelo caminho, expelidos por um mercado de trabalho muito exigente e seletivo. Há também outras grandes mudanças. No meu tempo, contava-se nos dedos os repórteres que falavam línguas, algo tão comum hoje. E, quando o Brasil se reaproximou da América Latina, fui correndo fazer imersão de espanhol na Espanha”, explica.
“Jornalismo é uma profissão tão dinâmica quanto a política brasileira e o próprio mundo. Você está sempre aprendendo, conhecendo temas, pessoas e lugares novos. Talvez, por isso, eu seja tão apaixonada ou viciada em jornalismo”, finaliza a colunista.
O evento faz parte das comemorações do trigésimo aniversário da Revide - revista de maior circulação em Ribeirão Preto e região, com edições semanais gratuitas, dentro do ciclo de palestra que acontece mensalmente, relacionadas à comunicação.
A entrada será dois litros de leite integral que serão doados à Casinha Azul. A troca pelo convite pode ser feita na Revide (Rua Heitor Chiarello, 882), de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Serviço
Palestra “As perspectivas que se abrem para o Brasil”, com a jornalista Eliane Cantanhêde
Data: 22 de setembro (quinta-feira)
Horário: 19 horas
Local: Theatro Pedro II – Auditório Meira Junior
Entrada: dois litros de leite integral que serão doados a Casinha Azul
Crédito: Núcleo da Notícia Comunicação Corporativa