Elaine Ranzatto, rainha de bateria da escola de samba Caprichosos de Pilares, está completamente arrasada por conta do desfile da noite deste sábado, 06. A frustração da modelo foi tanta, que a beldade já avisou que não vai mais participar do carnaval carioca.
A crise demonstrada pela agremiação carioca, que homenageou o sérvio Petkovic, ex-Flamengo, Fluminense e Vasco e passou pela avenida com quatro minutos além dos 55 permitidos, com carros quebrados, alegorias incompletas, componentes sem fantasias e muitos buracos, entre outros problemas, afetou diretamente Elaine.
“Eu estou chateada porque não fui informada sobre a situação atual da escola. Eu liguei inúmeras vezes atrás dos dirigentes (vice e presidente) mas o presidente não me atendia e o vice me dizia que estava tudo bem. Eu disse: "precisam de ajuda? Ele disse não, está tudo sob controle minha linda"... Fiquei atrás deles uma semana para pegar credenciais para minha família e amigos verem meu desfile e camisas para minha equipe trabalhar e nem no dia do desfile me davam respostas. A escola não tinha camarote pra gente. Cheguei ontem lá na avenida sem os seguranças prometido pela escola, sem uma pessoa da agremiação para me ajudar. Precisei andar a presidente Vargas inteira para chegar ao camarim porque meu carro não tinha credencial e tive que pedir favores para minha equipe chegar até mim. Não desfilo mais no carnaval carioca em geral. Não por que a caprichosos foi rebaixada. Não desfilo mais primeiro porque sou cristã e essa culpa já vinha me tirando o sono e piorou pela falta de organização dos grandes da escola. Presidente e vice me trataram muito bem, mas não me deixaram a par da situação e fui completamente abandonada no dia do desfile”, desabafa Elaine Ranzatto.
Mesmo aborrecida e abalada emocionalmente com o que aconteceu, Elaine Ranzatto não poupou elogios a quem, mesmo com todas as dificuldades, tentou fazer o melhor pela agremiação.
“Só quem entrou naquela avenida, mestre bateria Alexandre e os ritmistas além dos diretores ali presentes tentando levar a escola até final e a comunidade presente tem meu respeito e fiquei com muita angústia ao vê-los daquele jeito. Não quero sentir isso nunca mais.. Pessoas boas e trabalhadoras chorando por má gestão. Não importa de onde partiu a má gestão. Tiveram um ano ou dois para correr atrás do prejuízo. Imagina... Eu peguei uma academia em Angola com péssima gestão e hoje ela está lá funcionando a pleno vapor. Jamais justifico meus erros com os dos outros”, finalizou a modelo.