Cultura - Teatro

ESPETÁCULO HOTEL LANCASTER REESTREIA NO TEATRO CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS

13 de Outubro de 2015
Com texto de Mário Bortolotto e direção de Marcos Loureiro, peça retrata o encontro entre viciados e traficantes, em uma noite de réveillon, num quarto de hotel decadente no centro de São Paulo
Foto João Caldas

O espetáculo HOTEL LANCASTER, reestreia dia 19 de outubro, segunda-feira, às 21h30, noTeatro Cemitério de Automóveis. Com texto de Mário Bortolotto e direção Marcos Loureiro, peçaretrata o encontro entre viciados e traficantes, em uma noite de réveillon, num quarto de hotel decadente no centro de São Paulo. Montagem é do grupo Grupo Kuringa da Cooperativa Paulista de Teatro.

 

      Em HOTEL LANCASTER, durante as últimas seis horas do ano ocorre um inusitado encontro entre dois traficantes: um velho decadente e uma sapatona junkie. Além deles, circulam por lá um viciado homossexual, um adolescente, uma menina ingênua e um policial corrupto. “A intenção da direção e dos atores foi tentar produzir no espectador o mesmo impacto sentido por nós após a leitura do texto”, afirma o diretor Marcos Loureiro.            

 

“À primeira vista, HOTEL LANCASTER parece ser só uma peça sobre drogas. Ao contrário, o texto trata do comportamento humano e suas consequências frente ao vício, que leva o dependente a tornar-se refém de seus próprios atos, num sequestro em que às vezes o único resgate a ser pago é a própria vida. Fomos ao encontro do que o texto pedia. Valorizamos o vigor e a crueza de seus diálogos, sem perder o humor presente na obra”, finaliza o diretor.

 

“Nas minhas primeiras semanas em São Paulo, não tinha onde dormir. Andava por aí fazendo a tour dos hotéis mais fudidos da cidade. Em uma noite dessas, após ouvir algumas estórias de pesadelo e sofrimento, pensei em escrever um texto sobre hotéis e pessoas com destino trágico. Depois veio uma passagem de ano, melancólica e solitária, regada a panetone e conhaque Dreher. O nome do hotel ficou piscando na minha cabeça como um letreiro de néon. Eu ouvia um blues de um cara chamado Lancaster”, declara o autor Mário Bortolotto.

 

Desde sua estreia, em maio de 2002, a peça tem tido sucesso de público e críticas. Cumpriu temporada em diversos teatros em São Paulo e o texto foi indicado ao Prêmio Shell em 2002. Montagem tem trilha sonora de Mário Bortolotto, cenários e figurino de Marcos Loureiro e Rodrigo Lopes e iluminação de Marcos Loureiro. O elenco é composto por atores que se destacam nos principais espetáculos da cena paulistana.

 

Mário Bortolotto: Ator, diretor, autor, sonoplasta, iluminador, vocalista e compositor de rock, escreve para teatro desde 1981. Nascido em Londrina (PR), tem doze livros publicados: Bagana na chuva (romance), Mamãe não voltou do Supermercado (romance), Para os Inocentes que ficaram em casa (poesia), Um bom lugar pra morrer (poesia), Gutemberg Blues (compilação de matérias escritas para os Jornais), Atire no Dramaturgo(textos de seu blog), DJ – Canções pra tocar no inferno (contos) e quatro volumes com seus textos de teatro. Ganhou o Prêmio Shell de teatro de Melhor Autor de 2000 pelo texto Nossa Vida não vale um Chevrolet, e Prêmio APCA de 2000 pelo Conjunto da Obra. É diretor do Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis e vocalista das bandas de rock e blues Saco de Ratos e Tempo Instável. Escreveu, entre outras peças: Música para ninar dinossauros, À Meia-Noite um solo de sax na minha cabeça, Nossa Vida não vale um Chevrolet, Hotel Lancaster, Brutal e Leila Baby.

 

Marcos Loureiro: Diretor, formado pelo Escola de Teatro Macunaíma e pela Escola de Sociologia e Política do Estado de São Paulo. Participou de vários cursos de aprimoramento na área teatral com: Myriam Muniz, Plínio Marcos, Amir Haddad, Gerald Thomas, Living Theatre, Sérgio Penna, Renato Borghi, Chico de Assis, Antunes Filho, José Renato e Fauzi Arap. Dirigiu, entre outras peças: Navalha na Carne, de Plínio Marcos, com o Teatro Garagem (2014), Pedro e o Capitão, de Mário Benedetti (2013), Chorinho, de Fauzi Arap, com Denise Fraga e Claudia Mello (2012), Basílio, O Destemido, de Marcos Gomes, com a Cia dos Dramaturgos (2010), La Musica,de Marguerite Duras, Com Xuxa Lopes e Hélio Cícero (2009), 1° Festival de Teatro Grotesco do Teatro Next, textos de Otávio Frias Filho, Dionísio Neto e Antonio Rocco (2009), Festival de Teatro de 1 Minuto dos Parlapatões, direção de Nove textos de 1 Minuto Cada, autores: Fernando Bonassi, Mário Viana, Sérgio Sálvia Coelho, Rodolfo Garcia Vasquez, Leilah Assumpção (2008), Chorinho, de Fauzi Arap, com Caio Blat e Claudia Mello (2007), Assassinos e Suínos da Praça Roosevelt, de Jarbas Capusso Filho, com o Grupo Os Satyros e Sergio Guizé (2007), A Louca de Chaillot, de Jean Giraduax, com Cleide Yáconis (2006) e O Colecionar, de John Fowles, com a Cia Provisório-Definitivo (2004).

 

Grupo Kuringa da Cooperativa Paulista de TeatroFundado pelo diretor Marcos Loureiro, em 2002, para realizar uma pesquisa cênica em dramaturgia contemporânea brasileira. O grupo encenou as peças: Hotel Lancasterde Mário Bortolotto, que estrou em 2002, no Teatro N.ex.T e fez temporadas no Espaço Satyros (2002 e 2003), Centro Cultural São Paulo, na 1° Mostra Cemitério de Automóveis (2003), Espaço Parlapatões (2004), Sesc Copacabana, RJ (2008), Teatro Estação Caneca, no projeto Cemitério de Automóveis 30 anos – Artes do Subterrâneo (2012) e CIT-ECUM (2013), além de apresentações no Festival de Teatro de Americana (2003), Sesc Santo Amaro (2003), Festival de Teatro de Londrina (2004), Satyrianas (2003/2004/2008). O textoHotel Lancaster foi indicado ao Prêmio Shell em 2002, ano de sua estreia. O 2º espetáculo do Grupo,Delicadeza, de João Fábio Cabral, foi contemplado com o Prêmio PAC de 2006, e estreou no Espaço dos Satyros, em 2007, neste mesmo ano se apresentou nas Satyrianas. O último espetáculo do Grupo foi O Meu Vira-Lata Só Ouve Be Bop, de Jarbas Capusso Filho, que estreou no Espaço dos Satyros, em 2009, e se apresentou nas Satyrianas no mesmo ano. Todas as peças tiveram direção de Marcos Loureiro.

 

Para roteiro 

HOTEL LANCASTER – Reestreia dia 19 de outubro de 2015. Texto: Mário Bortolotto. Direção: Marcos Loureiro. Elenco: Henrique Stroeter, Jorge Cerruti, Paulo Vinícius, Sergio Mastropasqua, Débora Ester, Carcarah, Thereza Piffer e Bebel Ribeiro (Stand in). Duração: 45 minutos. Classificação: 14 anos. Ingressos:Ingresso: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Segundas e terças, às 21h30. Até 15 de dezembro.

 

TEATRO CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS – Rua Frei Caneca, 384 – Consolação. Telefone: 2371-5743.Capacidade 35 lugares. Bilheteria funciona de sexta a domingo, uma hora antes do início do espetáculo. Acesso para deficientes. Ar condicionado. BAR. Aceita cartão. Informações sobre o espaço e atividades: sitewww.cemiteriodeautomoveis.com.br

(Amália Pereira – Setembro/2015)

Assessoria de Imprensa

Amália Pereira - MTB: 28545 

(11) 3159-1822 / (11) 9 9762-5340

amaliapereira@terra.com.br

 

Críticas sobre o espetáculo:

 

"Ninguém é vítima, ninguém é herói, em um desespero de dar vontade de rir. Cada tiro é de misericórdia. (...) Assim, Hotel Lancaster é o que se pode esperar do melhor teatro alternativo: uma reunião de atores que se destacam em seus respectivos grupos, em horário de jam session. O Hotel de Bortolotto feito pelo grupo Kuringa é antológico”.

Sergio Salvia Coelho - Folha de São Paulo

 

"Não há perda de ritmo em nenhum momento e o espectador fica preso à montagem do princípio ao fim".

Maria Lúcia Candeias - O Estado de São Paulo

 

"Coeso, o elenco se entrega à cena como quem se atira à água no deserto escaldante, o que potencializa os acertos da montagem".

 

Mauro Fernando - Diário do Grande ABC

 

"Os traficantes e os viciados formam um círculo de destruição que o autor Mário Bortolotto retrata com veracidade, força e violência".

 

Agnaldo Ribeiro da Cunha - Diário de São Paulo

 

“Loureiro verte poesia e penumbras no transpoitting de Bortolotto e, faz o melhor e mais cruel espetáculo fora das mãos do autor”.

Valmir Santos – Folha de São Paulo

 

O texto de Bortolotto, mais a direção impecável de Loureiro, além do talento dos atores, fazem de Hotel Lancaster um espetáculo imperdível”.

 

Fauzi Arap

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