Cultura - Teatro

PULSÕES

16 de Setembro de 2015

Com Fernanda de Freitas e Cadu Favero

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De Dib Carneiro Neto

Direção Kika Freire

 

Estreia dia 18 de Setembro no Teatro Sergio Cardoso

 

Aclamado por crítica e público em sua temporada no Rio de Janeiro, no Teatro Poeira, espetáculo faz junção de música, dança e teatro e mostra o comovente encontro entre uma bailarina e um maestro

De Dib Carneiro Neto

Direção Kika Freire

 

Estreia dia 18 de Setembro no Teatro Sergio Cardoso

 

Aclamado por crítica e público em sua temporada no Rio de Janeiro, no Teatro Poeira, espetáculo faz junção de música, dança e teatro e mostra o comovente encontro entre uma bailarina e um maestro

 

 

Um maestro e uma bailarina convivem em um espaço indefinido, amplo e lúdico, alternando momentos de amor e loucura. O casal sabe que há fragmentos que os unem – mas paira entre eles a ameaça constante da perda de memória. Apenas música e dança podem curá-los.

A peça foi escrita por Dib Carneiro Neto a pedido da diretora Kika Freire, que sempre quis fazer um espetáculo abordando o tema: “Assistindo a um filme, há cerca de 12 anos, chegamos ao final com uma surpresa: o perdão ao assassino e a condenação ao louco. Me indignei! Logo em seguida tive acesso ao trabalho da Dra. Nise da Silveira e mergulhei no "inconsciente profundo", concêntrico, dilatado, louco e são, onde afeto é capaz de movê-lo por dinâmicas impensadas pela psiquiatria clássica. A partir daí, comecei a gerar Pulsões”.

 

A diretora apresentou a ideia de montagem do espetáculo à Primeira Página Produções. “A ideia foi imediatamente aceita pela equipe da Primeira Página. Montamos o projeto e estamos realizando o espetáculo. Pulsões trata de tema espinhoso e consideramos importante abordá-lo. O espetáculo ganhou roupagem lúdica, leve, delicada e estamos muito felizes com o resultado”, declara Maria Siman, coordenadora de produção.

 

O trabalho da psiquiatra Nise da Silveira serviu de inspiração para a composição de um espetáculo multirreferencial, mesclando teatro, música e dança para abordar temas complexos de uma forma delicada. Ampliando o campo de comunicação, é possível adentrar num universo particular que não pode ser traduzido em palavras, apenas. O amor é revelado como propulsor de uma nova linguagem, como instrumento de expressão. Sem julgamentos ou pretensão de compreender/apreender, o espectador é guiado por um mundo transgressor e belo. Afinal, não encontramos limites quando arte e loucura se encontram. “Sem a relação de uma pessoa com a outra, não há cura possível”, escreveu a psiquiatra. Para questionar a repulsa com que a patologia psíquica é vista, a proposta aqui é mostrar as afecções que a Dra Nise nomeou de “emoção de lidar”. Para tanto, ela mesclou ao texto música e dança, ambos elementos que fazem parte das formações dos personagens vividos pela atriz e bailarina Fernanda de Freitas e pelo ator Cadu Fávero. 

 

Premiada atriz no cinema (“Malu de Bicicleta”) e indicada duas vezes ao prêmio APTR, Fernanda, que desde 2011 está no ar no seriado “Entre Tapas e Beijos”, da TV Globo, é bailarina clássica desde os 8 anos de idade. Na peça, o atravessamento da arte entra como mais uma forma de dialogar com seu parceiro de cena, Cadu Fávero. “O texto chegou para mim através da Kika, grande amiga com quem danço há dez anos, e como a dança faz parte da minha vida consegui trazer com facilidade os movimentos para a cena”, diz. Sobre os limites do amor entre os personagens, Fernanda completa: “Para tudo tem que ter limite, mesmo que seja como forma de proteção. Mas quando a gente se apaixona, chegamos à beira da loucura. Já o amor, é mais leve, mais bailarina.”

 

Já o ator, fundador da “Companhia Livre de Teatro”, ao lado de Luisa Thiré, usa do conhecimento de carreira em TV, teatro e cinema, para despertar o questionamento entre a loucura e a razão. “Qual o limite aceitável para a loucura? Nenhum! Se eu tiver que me rasgar inteiro, dilacerar meu coração, passar por cima das minhas certezas e dos meus "achismos" para servir com amor, e auxiliar na construção do sonho de outro ser humano e, nesse caso, minha amada Kika Freire. Farei!”, afirma Cadu.

A música é peça fundamental na história. No palco João Bittencourt e Maria Clara Valle tocam ao vivo o piano e o violoncelo. Como resume o diretor musical Marco França, “Aqui a música tem uma função dramatúrgica, ela é a cena, o subtexto. Ela permite ao público enxergar as coisas de uma outra forma.”

 

O figurino foi assinado por Teca Fichinski, premiada com o APTR e Shell, em 2012, além de estandarte de ouro em 2009 pela comissão de frente da escola de samba Vila Isabel.

 

Por meio de elementos visuais de extrema força poética, uma trilha sonora instigante e intrigante e uma dramaturgia atemporal e nada linear, o espetáculo convida o espectador a refletir sobre sua própria singularidade. Segundo o autor, "Que sirva a cada um como uma tentativa de mergulho nas próprias profundezas e delicadezas. Como uma vertigem cênica revolvendo nossas fragilidades mais inconfessáveis. Como um oásis de imaginação irrefreável em meio ao pragmatismo concreto de nosso cotidiano. Música e dança indissociáveis do teatro e, portanto, da vida e da morte. Para vocês, e com vocês, uma bailarina e um maestro", declara Dib Carneiro Neto.

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PULSÕES

Teatro Sergio Cardoso

Sala Paschoal Carlos Magno (144 lugares)

Rua Rui Barbosa, 153. Bela Vista

Bilheteria: 3288.0136

De segunda a sábado, das 14h às 17h, para vendas antecipadas. De segunda a domingo, das 14h até o início do espetáculo. Aceita todos os cartões.
Vendas:  www.ingressorapido.com e 4003.1212

 

Sexta a Domingo às 20h

 

Ingressos:

Sexta R$ 30 | Sábado e Domingo R$ 60

 

Duração: 50 minutos

Recomendação: 14 anos

 

 

Estreia dia 18 de Setembro

Curta Temporada: Até 18 de Outubro

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"A loucura está profundamente ligada ao desamor. Só o amor salva alguém da loucura" - Nise da Silveira

Ficha Técnica:

 

Texto: Dib Carneiro Neto

Direção: Kika Freire

Elenco: Fernanda de Freitas e Cadu Favero

Direção musical e Trilha sonora: Marco França

Piano: João Bittencourt

Violoncelo: Maria Clara Valle

Iluminação: Fran Barros

Cenários e Figurinos: Teca Fichinski

Caracterização: Rose Verçosa

Fotografia e Programação Visual: Victor Hugo Cecatto

Direção de Produção: Paula Salles

Coordenação Geral: Maria Siman

Produção Executiva: Joana D`Aguiar

Realização: Primeira Página Produções Culturais

Assessoria de Imprensa: Lu Nabuco Assessoria em Comunicação

 

Destaques da Crítica

“Kika Freire criou montagem envolta em carga onírica e impulsionada por força emocional. (...) Fernanda de Freitas com segurança vocal e sensibilidade interpretativa, a atriz projeta o melhor do texto”.

Macksen Luiz – O GLOBO - 19.06.2015

 

“O texto poético do Dib, trabalhado como ourivesaria na encenação circense de Kika, virou um dos espetáculos mais belos e intrigantes que vi nos últimos tempos. (...). Tudo me encantou em Pulsões – as interpretações de Fernanda de Freitas e Cadu Fávero (ela é ótima, mas na segunda-feira, dia da apresentação para convidados, ele arrebentou), a direção musical de Marco França, a iluminação de Fran Barros, a cenografia e os figurinos de Teca Fichinski, tudo se combinou para criar um universo mágico, no limite da arte e da loucura. (...)

Luiz Carlos Merten – ESTADÃO - 18.06.15

 

“O drama de Dib Carneiro Neto se equilibra entre uma intensa carga poética e diálogos emocionalmente arrebatado do início ao fim. (...). Nesse ambiente carregado de sensibilidade, Fávero e Fernanda estabelecem boa contracena — ela, especialmente, revela tato na extração de arroubo e fúria de sua insuspeita aparência de frágil bailarina.”

Rafael Teixeira – Revista Veja Rio – 6.07.2015

 

“Texto belíssimo, impregnado de dor e lirismo, virulento e delicado, e cujo principal mérito talvez consista em nos propor um olhar mais atento às nossas próprias patologias, “Pulsões” recebeu um tratamento cênico em total sintonia com o material dramatúrgico. Kika Freire assina a direção de um dos mais significativos espetáculos da atual temporada. Fernanda de Freitas e Cadu Fávero exibem performances absolutamente irretocáveis, tanto do ponto de vista do universo gestual quanto no que concerne ao texto articulado. Além disso, evidenciam aquele tipo de cumplicidade que só existe quando a confiança é total. (...) A ambos, portanto, agradeço a maravilhosa noite que me proporcionaram. (... considero primorosa a contribuição de todos os profissionais envolvidos nesta mais do que oportuna empreitada teatral – Fran Barros (iluminação), Teca Fichinski (cenário e figurinos), Rose Verçosa (caracterização), Victor Hugo Cecatto 9fotografia e programação visual) e Marco França (direção musical e trilha sonora). E gostaria de enfatizar a maestria dos instrumentistas João Bittencourt (piano) e Maria Clara Valle (violoncelo) – o primeiro mantém com o instrumento uma relação tão visceral e delicada que imagino ser a mesma que dedica a uma pessoa amada”.

Lionel Fischer (Crítico e professor de Teatro) – Blog - 18/06/15 

 

“Cenário e iluminação, parceria fantástica dessa obra de arte que é Pulsões, já fazem com que o espectador se situe nesse terreno misterioso que é o inconsciente, nicho de associações impensáveis de ideias. (...)A música que acompanha o espetáculo, esse sub-texto formado por piano, violoncelo e acordeom, e interpretados lindamente por João Bittencourt e Maria Clara Valle é outra maneira de aproximar a plateia das moções inconscientes (e também das emoções conscientes) que impulsionam os personagens, seu discurso e seus sintomas. (...) A voz cheia de força de Fernanda de Freitas a princípio traz um descompasso interessante em relação à figura frágil e delicada da bailarina que ela incorpora. A atriz é capaz ainda de interpretar o olhar ‘sem eu’ que é típico do sujeito psicótico que só quem já caminhou pelas alamedas de um hospício viu. Cadu Fávero, por sua vez, se mantém equilibrando-se na corda bamba de uma racionalidade que tenta conduzir os disparates e as emoções dentro de um possível tolerável, que tenta abrir caminho para memórias esquecidas, mas se dobrando a eles (...) Os atores e os músicos sustentam texto, música e espetáculo sem derrapar nos labirintos nodosos de uma obra densa e de forte carga emocional. Pulsões, esse espetáculo da Primeira Página Produções, merece ser visto e revisto”.

Vivian Pizzinga – Blog - 18.06.2015

 

 

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