Cultura - Teatro

REESTREIA - O MISTÉRIO DO SAPATO DESAPARECIDO

31 de Agosto de 2015

Inspirado em um dos sapatos mais famosos da literatura infantil, o Sapatinho da Cinderela, o espetáculo infantil O Mistério do Sapato Desaparecido reestreia no dia 06 de setembro, no Armazém Cultural SP. Encenada pelo Grupo Teatro Por um Triz, a montagem explora as possibilidades expressivas dos sapatos dentro da linguagem do Teatro de Objetos. A peça tem texto e direção de Márcia Nunes e Péricles Raggio, que também estão no elenco, ao lado de Andreza Domingues e Wagner Dutra.

 

 
 

Em O Mistério do Sapato Desaparecido, o Sapatinho da Cinderela, que está em exposição num castelo, é roubado. Quem o roubou tem um objetivo muito claro: precisa que ele seja alargado. Para isso, o leva para uma sapataria. Na sapataria, além de dois sapateiros muito divertidos, existe um mundo fantástico onde os sapatos têm vida. Quando entra em cena um Sapato Detetive, a la Sherlock Holmes, a peça se transforma num caso policial.

 

“O texto partiu do sapato como objeto primordial para a criação dos personagens e da história. A partir daí, foi natural buscar na literatura infantil aquelas em que o sapato é um elemento de destaque no enredo. O espetáculo não reconta a história de Cinderela, criamos outra, original, a partir de uma situação hipotética: o roubo do sapato pela madrasta para que seja alargado e assim possa ser calçado por uma de suas filhas”, afirma a autora e diretora Márcia Nunes.

 

Montagem utiliza a técnica de Teatro de Animação mais apropriada à encenação. “Realizamos várias experimentações com os sapatos, explorando suas formas, cores, texturas, bem como sua capacidade de transmitir emoções por meio do ritmo e energia impressos em sua manipulação. Encontramos uma grande potencialidade de jogo entre o objeto e o ator, assim, a expressividade do sapato é completada pelo trabalho corporal do intérprete”, declara o autor e diretor Péricles Raggio.

 

A linguagem da pantomima é utilizada nas cenas interpretadas por atores, com a criação de personagens caricatos e clownescos. Os sapatos são manipulados com o manipulador visível. “A ideia não foi transformar o sapato num boneco convencional, mas através de suas particularidades, como a existência de uma fivela (que pode parecer uma boca ou olhos) ou um cadarço (que pode lembrar um bigode) revelar sua personalidade”, finaliza Péricles.

 

Miguel Nigro assina o cenário, figurino e os “bonecos-sapatos” da peça. A cenografia cria dois espaços onde a história acontece: um castelo e uma sapataria. A trilha, especialmente composta pelo maestro Luciano Carvalho, é formada por músicas e efeitos sonoros, que pontuam a movimentação dos sapatos e dos atores, e criam a atmosfera dos dois mundos que coexistem na peça. A iluminação, de Zhé Gomes, utiliza a luz e as cores para diferenciar os dois mundos existentes, além de criar algumas surpresas visuais.

 

A peça em sua primeira temporada já ganhou diversas críticas positivas como a do jornalista Dib Carneiro Neto, da Revista Crescer, especializado em teatro infantil. “O texto é espirituoso até não mais poder. Todos os trocadilhos possíveis e imagináveis sobre sapato são utilizados – mas com bom gosto e sem cansar a plateia”.

 

Teatro Por Um Triz: Desenvolve um trabalho com teatro infanto-juvenil utilizando recursos do Teatro de Animação. Seu repertório apresenta releituras de clássicos infantis, resgate de contos populares e temas atuais, abordando estes universos com humor e espírito crítico. O primeiro trabalho foi a esquete Viva Máquina, criação do grupo junto com o músico Loop B. Foi apresentado na abertura do Festival Internacional de Teatro de Animação, no SESC Ipiranga em 1996. O projeto seguinte, História dos Fios, criação coletiva do grupo, contava uma história de amor no sertão nordestino utilizando bonecos de luva e vara, estreou em janeiro de 1997. Em 1998, o grupo monta dois espetáculos: Esconde-Esconde com Lobato, texto original do grupo inspirado na vida e obra deste grande escritor, e O Coronel e o Curupira, dando continuidade à pesquisa da cultura popular e dos mitos e lendas do nosso folclore. Em outubro de 1999, comPrincesas Daqui e Dali, sob direção de Cristiana Gimenes, o grupo faz uma releitura dos Contos de Fada. Em Almanaque de Araque (2001), com texto de Antônio Rogério Toscano e direção de Edu Silva, traz para o palco uma aventura no mundo dos jogos de almanaque. Pinóquio Etc e Tal, de 2002, sob a direção de Henrique Sitchin, faz uma adaptação do clássico de Carlo Collodi, mesclando técnicas inspiradas no Bunraku, teatro de objetos e máscaras. Em 2005 cria o espetáculo Patinho Feio – O Voo de Andersen, com direção de Cris Lozano, sobre a vida e a obra de Hans Christian Andersen, primeiro autor de literatura infantil. Em 2008, 2009 e 2012 foi contemplado com a Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo realizando respectivamente as seguintes montagens: Sonho de Uma Noite de VerãoA Criatura Águas de L’Avar, em parceria com as cias Teatro de La Plaza e Patética, sob direção de Héctor Lopes Girondo. Em 2012, estreia dois espetáculos: Vassilisa, a Sabida, com direção de Lílian Guerra, onde se utiliza apenas de tecidos e caixas para a adaptação de um conto tradicional russo; e Malazarte em Toda Parte, adaptação de contos que trazem o espírito deste tradicional personagem do folclore brasileiro. Paralelamente à criação e apresentação de espetáculos, o grupo tem um projeto de contação de histórias e intervenções cênicas e desenvolve um trabalho de arte-educação, realizando oficinas para crianças, professores e terceira idade.    

 

 

FICHA TECNICA:

 

Texto e direção: Márcia Nunes e Péricles Raggio

Elenco: Andreza Domingues, Márcia Nunes, Péricles Raggio e Wagner Dutra

Cenário e figurino: Miguel Nigro

Iluminação: Zhé Gomes

Trilha Sonora: Luciano Carvalho

Assessoria de Imprensa: Fabio Camara

 

 

SERVIÇO:

 

LOCAL: Armazém Cultural SP, Rua Cariris, 48 – Pinheiros. 90 lugares + 02 PNE.

DATA: 06/09 até 25/10 (Domingo 15h) 

INFORMAÇÕES: 2729 5137 

INGRESSOS: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)  

DURAÇÃO: 50 minutos.

CENSURA: Livre

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