Após duas bens sucedidas temporadas do espetáculo “Ricardo III”, em 2013 e 2014, ganhador de diversos prêmios (Shell de melhor ator para Chico Carvalho e o Aplauso Brasil de melhor trilha sonora para Daniel Maia), Shakespeare – Projeto 39, volta em cartaz com novo espetáculo.
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No dia 31 de julho no Teatro João Caetano, estreia “Os Dois Cavalheiros de Verona” de William Shakespeare, com produção exclusiva da Cia da Matilde e direção de Kleber Montanheiro.
A peça, do início da carreira do autor, que discute amizade e infidelidade, se passa na Itália e conta a história de dois cavalheiros amigos que apaixonam-se pela mesma mulher. Tudo começa com Proteu firmando compromisso amoroso com a adorável Júlia, em Verona. Enquanto isso, o amigo Valentino viaja a Milão, onde conhece e se apaixona por Sílvia, a filha do Duque. Proteu também vai a Milão e, ao se deparar com a beleza de Sílvia, cai de amores por ela. Sem se importar com o amigo que tenta conquistá-la.
O problema agora está em como Valentino receberá essa traição, qual será a opção de Sílvia, além de Júlia, querendo fazer valer o seu anel de compromisso.
Para essa montagem o diretor Kleber Montanheiro imprimiu um caráter nômade dos artistas da época para criar um ambiente lúdico e um espetáculo cheio de surpresas. Inspirada pela Commedia Dell’Arte e o teatro popular, a concepção busca uma identificação do público através do jogo cênico, da relação direta com a plateia e com o fazer teatral de forma exacerbada, cômica e poética.
Dessa forma, a direção parte desse formato ingênuo, por vezes lírico, onde contar uma história é o principal foco da montagem. E a partir dessa ideia, cria um ambiente teatral e simples, porém povoado de provocações ao imaginário jovem, aproximando a história do mundo contemporâneo sem perder sua teatralidade. Um espetáculo para ser visto por jovens e adultos, que traz a diversão em primeiro plano, mas com um importante conteúdo para discussão: a inteligência, a honra, a confiança e a busca de saídas para vencer os desafios; temas inerentes à existência humana.
O PROJETO - A ideia de encenar todas as 39 obras de Shakespeare nasceu em 2011 durante a montagem do espetáculo ‘A Tempestade’. “Lançar um olhar latino sobre essa produção é estimular que as pessoas daqui possam se juntar e desenvolver ações sobre o trabalho dele”, diz o presidente da Cia da Matilde, Erike Busoni que hoje capitania o projeto. Em 2013, foi dado início às produções com a montagem de “Ricardo III”, tendo no elenco Mayara Magri (como Rainha Elizabeth) e Chico Carvalho (como Ricardo III, vencendo o Prêmio Shell de melhor ator). SHAKESPEARE-Projeto 39, conta também com a premiada Christiane Tricerri como produtora associada.
FICHA TÉCNICA:
Texto: William Shakespeare
Tradução: Marcos Daud
Direção Geral: Kleber Montanheiro
Elenco: Isis Valente, Evas Carretero, Erike Busoni, Caio Merseguel, Beto Dessordi e Letícia Martin, Isis Duarte e Carlos Gimenez
Direção de Produção: Erike Busoni
Produção: Adryela Rodrigues
Preparação de atores: Erica Montanheiro
Cenografia, Figurino, Visagismo: Kleber Montanheiro
Criação de Luz: Yuri Cumer
Coordenação de Cenotecnia: Evas Carretero
Assistência de Produção: Ully Busoni
Assistência de Figurinos: Isis Valente
Ateliê de figurinos: Michele Rolandi
Coleira do Crab: Palhassada Ateliê
Design do Site: Fernando Valini
Fotos: Camila Busoni
Assessoria de Imprensa: Fabio Camara
Realização: Cia. da Matilde
SERVIÇO:
LOCAL: Teatro João Caetano (Rua Borges Lagoa 650, Vila Clementino), 430 lugares. Acesso parcial a deficiente.
DATA: 31/07 até 06/09 (Quintas, Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h)
INGRESSOS: R$10,00 (Quinta) e R$ 20,00 (Sexta, Sábado e Domingo)
INFORMAÇÕES: (11) 5573 3774
DURAÇÃO: 85 min
CLASSIFICAÇÃO: Livre
CIA. DA MATILDE:
A Cia. da M.A.T.I.L.D.E. (Movimento Artístico para Transformação Integrado pela Liberdade, Direitos e Entretenimento) nasceu em 2004, em São Caetano do Sul. Surgiu da necessidade de oferecer às comunidades um espaço onde seja garantido o exercício da cidadania através da arte. Entre os espetáculos do repertório da Cia, estão: "Terra, Você Vai Perder o Chão", de Ronaldo Ventura, Evas Carretero e Nicole Marangoni, direção de Erike Busoni; "Romeu e Julieta", de William Shakespeare, direção de Erike Busoni, entre outros.
KLEBER MONTANHEIRO:
Ator, autor, diretor cênico, cenógrafo, figurinista e iluminador, tem em sua formação experiência profissional com importantes nomes da cena artística nacional: Gianni Ratto, Patrício Bisso, Wagner Freire, Roberto Lage, José Possi Neto, entre outros. Formado pelo Teatro-escola Célia Helena, dirigiu entre outras peças: O Mambembe, de Arthur Azevedo; O Rouxinol, de Cássio Pires, baseado no conto homônimo de Hans Christian Andersen; Marias do Brasil, de Marília Toledo e Rodrigo Castilho. Atuou em Uma Rapsódia de Personagens Extravagantes, direção de Cristiane Paoli-Quito; A Cor de Rosa, de Flavio de Souza, direção de William Pereira; Buster – O Enigma do Minotauro, com o grupo XPTO, recebendo indicação ao prêmio Apetesp de melhor ator. Criou cenário, figurino e luz do espetáculo Misery, com Marisa Orth e Luis Gustavo; Cada um com seus ‘pobrema’, de Marcelo Médici; cenário e iluminação de Madame de Sade, direção de Roberto Lage, Macbeth, direção de Regina Galdino, entre muitos outros. Escreveu e dirigiu o espetáculo Tem Francesa no Morro, com a Cia As Graças, que cumpriu temporada no Centro Cultural São Paulo e no projeto Circular-Teatro. Concebeu com Marília Toledo o projeto Clássicos para Menores, uma trilogia de espetáculos cômicos clássicos, onde dirigiu O Doente Imaginário,de Molière; Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare; e A Odisséia de Arlequino, uma commedia dell’arte inspirada nos canovaccios italianos.
Recebeu indicações ao prêmio FEMSA por Chapeuzinho Vermelho (figurinos-2001); O Rouxinol (iluminação e figurinos-2002); Marias do Brasil (figurinos-2003); Amazônica (cenário e iluminação-2005); O Doente Imaginário (cenário-2007) e Sonho de uma Noite de Verão (figurinos e direção-2008). Ganhou o prêmio APCA 2008 por Sonho de Uma Noite de Verão e o prêmio FEMSA 2009 por A Odisséia de Arlequino, ambos de melhor diretor. Foi indicado ao prêmio CPT 2012 pela direção de Cabeça de Papelão e vencedor dos prêmios APCA e FEMSA 2012 pelos cenários e figurinos de A História do Incrível Peixe Orelha. Sua última direção no teatro foi em 2013, no Teatro Popular do SESI: Crônicas de Cavaleiros e Dragões, de Paulo Rogério Lopes, inspirado no livro A Saga de Siegfried, de Tatiana Belinky.
Dirige artisticamente a Cia da Revista, com repertório de quatro espetáculos: Cada Qual no Seu Barril, Carnavalha, Kabarett e Cabeça de Papelão. Foi integrante do projeto de humanização hospitalar Doutores da Alegria, de 1993 a 2003.