Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Abílio Pereira de Almeida

13 de Junho de 2014
Abílio na época do surgimento do TBC

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Abílio Pereira de Almeida foi um dos nomes mais importantes do cinema e do teatro brasileiros nas décadas de 40 e 50. Autor, dramaturgo, ator e diretor, Abílio se formou em direito pela Universidade de São Paulo, mas em seguida começou a participar de montagens teatrais beneficentes.

Foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Experimental junto com Alfredo Mesquita, em 1943, e foi com esse grupo que montou seu primeiro espetáculo como autor, ator e diretor, “Pif-Paf”, em 1946.

 Abílio Pereira e Mauricio Barroso em 1947 no TBC

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Abílio também participou da organização e da criação do TBC – Teatro Brasileiro de Comédia em 1949, onde foi o autor mais encenado da companhia e também seu diretor-secretário por vários anos. E do TBC, Abílio Pereira de Almeida partiu para a Companhia Vera Cruz, a nossa “Hollywood brasileira”, onde se transformou em um dos principais nomes do cinema nacional.

Para o TBC, ele escreveu peças importantes como “A Mulher do Próximo”; “Paiol Velho”; “Santa Marta Fabril”; “Rua São Luis, 27” e “Moral em Concordata”. Também foi autor de vários outros espetáculos montados pelas companhias de Maria Della Costa e de Nydia Licia e Sérgio Cardoso, bem como para Dercy Gonçalves (“Dona Violante Miranda”) e Cacilda Becker (“Em Moeda Corrente do País).

 Ele foi um dos principais nomes da Companhia Vera Cruz

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na Vera Cruz, Abílio estreou como ator em “Caiçara”, em 1950, ao lado de Eliane Lage e Mário Sérgio, a primeira produção da companhia. Homem de muitos instrumentos, ele se transformou em roteirista, diretor e produtor já no ano seguinte com o filme “Ângela” e adaptou em seguida sua peça “Paiol Velho” para o cinema que resultou em “Terra é Sempre Terra”, um dos mais importantes filmes realizados pela Vera Cruz.

Abílio deixou o TBC na década de 1950 e com o fim melancólico da Vera Cruz, foi ser supervisor de produção na Brasil Filmes, realizando fitas importantes como “Estranho Encontro” de Wálter Hugo Khouri e “Osso, Amor e Papagaios” de Carlos Alberto Souza Barros.

 Abílio adaptou para o cinema algumas peças suas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Abílio Pereira de Almeida se suicidou aos 71 anos de idade, mas deixou o seu nome gravado nos palcos e nas telas nacionais com seus expressivos textos e roteiros, bem como pela sua importância na constituição do TBC e da Companhia Vera Cruz.

 

 

 

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