Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Paulo Pontes

12 de Maio de 2014
Paulo Pontes nasceu na Paraíba e viveu no Rio 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ele nasceu Vicente de Paula Holanda Pontes, em Campina Grande, na Paraíba em 1940 e começou a carreira como produtor de programas de rádio, passando depois a colaborador fixo do jornal “A União”, na sua cidade natal.

Do jornalismo diário ele foi para o teatro e estreou como autor no Teatro de Estudantes da Paraíba, onde assumiu o nome artístico de Paulo Pontes. No início dos anos 60 vem para o Rio de Janeiro e arruma emprego como redator de um programa de rádio comandado por Haroldo Barbosa.

 Pontes foi uma revelação como dramaturgo na década de 70

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas o grande passo para o reconhecimento como um dos maiores autores teatrais que o Brasil conheceu se deu em 1964, quando Paulo  Pontes funda o Grupo Opinião e escreve em conjunto com Armando Costa e Oduvaldo Vianna Filho o texto do aclamado espetáculo “Opinião”.

No final dos anos 60 vai trabalhar na TV Tupi e se casa com a atriz Bibi Ferreira, 17 anos mais velha do que ele, com quem viveu até a sua precoce morte em 1976.

Ele escreveu Brasileiro, Profissão Esperança para Clara Nunes e Gracindo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois de “Opinião”, Paulo Pontes conquista a crítica e o público com o roteiro do espetáculo “Brasileiro: Profissão Esperança”, estrelado por Paulo Gracindo e a cantora Clara Nunes, que se transformou em um dos maiores sucessos do teatro brasileiro na década de 1970.

Em 1972, Paulo Pontes escreve a comédia “Um Edifício Chamado 200”, outro grande sucesso que ficou dois anos em cartaz entre Rio de Janeiro e São Paulo, com Milton Moraes interpretando o principal papel masculino da peça no Rio e Juca de Oliveira em São Paulo.

Um Edifício Chamado 200 com Milton Moraes foi outro sucesso

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foi para a TV Globo e fez parte da equipe que escreveu e produziu o primeiro ano do seriado “A Grande Família”, ao mesmo tempo em que encenava mais um espetáculo de sua autoria, “Check-Up”, que foi dirigido por Cecil Thiré.

Mas Paulo Pontes escreveu seu nome definitivamente na dramaturgia brasileira em 1975, quando estreou o seu espetáculo mais premiado, “Gota D’Água”, em parceria com o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda e com ele ganhou o prêmio Moliére de melhor autor teatral do ano.

Com Chico Buarque em 1975 quando escreveu Gota D' Água

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para surpresa de todos, Paulo Pontes nos deixou com apenas 36 anos, em dezembro de 1976, vitimado por um câncer no estomago, mas até hoje é apontado como um dos nossos maiores teatrólogos e, um homem muito culto e grande defensor dos aspectos populares na dramaturgia brasileira.  

 

 

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