Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Érico Veríssimo

17 de Março de 2014
Érico Veríssimo na década de 1950

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O gaúcho Érico Veríssimo nasceu em Cruz Alta, no final de 1905, filho de um farmacêutico e de uma dona de casa, portanto nada que fosse indicar que ele poderia se tornar um dos nomes mais importantes da literatura brasileira de todos os tempos.

Com pouco mais de dez anos de idade ele criou uma revista na qual fazia desenhos, caricaturas e escrevia pequenas notas. Era fã dos livros de Aluisio Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo e de Émile Zola, e foi, na maior parte da sua fase escolar, o melhor aluno da turma.

Com a separação dos pais, em 1923, ele foi trabalhar como balconista e, nas horas vagas, transcrevia as obras de Machado de Assis. Foi farmacêutico e dono de farmácia, além de professor de literatura e de língua inglesa.

Érico foi um dos maiores romancistas brasileiros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas o ano de 1929 foi decisivo para Érico e para a literatura brasileira. Nesse ano ele ficou noivo e marcou o casamento com Mafalda Halfen Volpe, sua mulher até a sua morte, e publicou o seu primeiro texto: “Chico: um Conto de Natal” na Cruz Alta em Revista.

A partir daí, foi um texto atrás do outro publicados em várias revistas, até chegar a oportunidade de trabalhar como redator da “Revista do Globo”, em Porto Alegre. Já casado, Érico publicou o primeiro romance em 1933. Foi “Clarissa” que viria a ser o nome de sua filha que nasceu dois anos depois e que vendeu sete mil exemplares em menos de cinco anos, um grande sucesso para a época.

Um Certo Capitão Rodrigo se tornou filme em 1971

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A seguir vieram outros romances de sucesso como “Caminhos Cruzados”; “Música ao Longe” e “Um Lugar ao Sol”, até que em 1938 surgiu seu primeiro best seller: “Olhai os Lírios do Campo”, que virou novela na TV Globo no início da década de 1980.

Já conhecido nacionalmente, em 1947, Érico começou a escrever o que viria a ser sua obra-prima, a saga “O Tempo e o Vento”, adaptada para a TV duas vezes e levada ao cinema várias outras vezes, sempre destacando um dos volumes da obra e os personagens marcantes de Ana Terra ou o Capitão Rodrigo Cambará. Lançada inicialmente em 1949, “O Tempo e o Vento” se transformou em um campeão de vendagens e em uma das obras mais marcantes da literatura brasileira.

Érico Veríssimo ainda voltaria a ter uma obra sua adaptada para a TV que foi a minissérie global “Incidente em Antares”, baseada no livro do mesmo nome que ele publicou em 1971, e onde ele faz um apanhado da história do Brasil, a partir de uma literatura de realidade fantástica.

Ana Terra virou personagem de filme brasileiro em 1972

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O grande autor nos deixou em 1975, vitimado por um infarto, quando se preparava para escrever o segundo volume de sua autobiografia que se chama “Solo de Clarineta”, e teve o primeiro volume lançado em 1973.

A primeira versão de O Tempo e o Vento para a TV é de 1985

 

 

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