Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memoria: Donga

14 de Fevereiro de 2014
Donga quando da gravação pelo telefone

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O músico e compositor carioca Donga, na verdade nascido como Ernesto Joaquim Maria dos Santos, deixou seu nome marcado na história da nossa música por ter gravado o primeiro samba, “Pelo Telefone”, isso em 1917, aos 26 anos de idade.

Donga era filho de um pedreiro que adorava tocar um instrumento chamado bombardino e de Tia Amélia, uma figura muito conhecida nas primeiras escolas de samba, e uma das criadoras da famosa ala das baianas.

Ao lado do também lendário Pixinguinha, Donga criou a Orquestra Típica Donga-Pixinguinha, e ambos, com mais seis músicos, criaram também o Grupo Oito Batutas, que levou a música e o samba brasileiros para a Europa e a Argentina em pleno ano de 1922.

Donga nos anos 50

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Donga também gravou com o maestro Villa-Lobos, nos Estados Unidos, em 1940, e na década de 1950 se apresentou por todo o Brasil em shows que eram organizados pelo radialista e apresentador de programas de auditórios Almirante.

Ele se casou a primeira vez em 1932 e teve uma filha. Viúvo pouco mais de dois anos depois, ele chegou a casar ainda mais três vezes e deixou, ao morrer, apenas uma filha, Lígia.

Donga na capa de um dos LPs que gravou 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois do sucesso do samba “Pelo Telefone”, Donga também compôs algumas valsas, marchinhas e toadas. O prestígio era grande, mas a música não o fez ficar bem de vida, e ele trabalhou por muitos anos como oficial de Justiça para poder sobreviver.

Donga ao lado de Pixinguinha e João da Baiana 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A morte o levou aos 84 anos, muito doente e quase cego, vivendo de favores na Casa dos Artistas, no Rio de Janeiro. Mas a obra de Donga, principalmente sua gravação de “Pelo Telefone”, o colocaram na galeria dos nossos grandes sambistas.

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