Viver - Saúde

Quase 10% dos brasileiros sofre com transtorno de ansiedade

29 de Junho de 2022

Terapeuta Rosângela Ferreira fala dos transtornos e do tratamento para ganhar qualidade de vida

Ansiedade e síndrome do pânico são dois transtornos presentes na vida de milhares de brasileiros, mas que muitos não sabem que sofrem. “É possível sofrer com essas síndromes sem que a gente saiba, porque a gente reprime e empurra para nosso inconsciente. Então é possível ter os sintomas sem perceber e sem saber o porquê”, explica a terapeuta Rosângela Ferreira.

Quase 10% dos brasileiros sofre com transtorno de ansiedade

O Brasil é o país com maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade do mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que mais de 18 milhões de brasileiros, ou seja, quase 10% da população sofre algum transtorno de ansiedade.

A terapeuta explica que mesmo muito parecidos existem diferenças entre os dois transtornos e está ligado diretamente a intensidade dos sintomas e a duração. “Transtorno do pânico pode ser causado também por crises muito fortes de ansiedade. A síndrome do pânico é repentina e intensa com forte sensação de medo da morte, mal-estar, acompanhado de muitos outros sintomas”, explica a especialista ao ressaltar que pode ocorrer em qualquer lugar e qualquer hora sem uma causa aparente e pode durar até uma hora.

Mas os sintomas do pânico são menos persistentes do que da ansiedade. Os sintomas são, por exemplo, dor no peito, coração acelerado, tontura, arrepios, tremores, ânsia de vomito, formigação, dormências extremidades, suor excessivo, dificuldade pra respirar e desconforto estomacais, por exemplo”, acrescenta.

A ansiedade tem sintomas parecidos como “fadiga, dor no peito, boca seca, tontura, medo, irritabilidade, preocupação, perda de concentração, dores musculares, coração acelerado, inquietação, dormência”, mas demoram muito mais para passar.

Rosângela Ferreira não fala desses transtornos apenas como profissional, mas como alguém que já sofreu e sabe como é possível vencer cada um deles. “Eu comecei a sofrer com isso quando perdi meu emprego em uma importadora, porque eu tinha medo do futuro. Eu fiquei muito mal e cheguei a procurar um cardiologista porque achei que era algo relacionado ao coração. Sempre ia no pronto socorro, até que disseram que eu precisava procurar um psiquiatra porque o meu problema era síndrome do pânico e ansiedade”, revela a terapeuta.

Foi então que ela deu início ao tratamento convencional, mas descobriu alternativas que mudaram a sua vida.  “Comecei a tomar os remédios e melhorei, mas como a medicação é muito forte eu queria parar.  Nesse momento procurei as terapias holísticas integrativas. Comecei a receber reiki, barras de access, acupuntura, yoga e meditação”, explica.

Para Rosângela esse foi o ponto de virada. “Voltei ao psiquiatra e falei que estava fazendo esses tratamentos complementares e que queria parar com a medicação. Ele foi tirando aos poucos e esse processo durou quase dois anos. Até hoje faço as terapias holísticas e nunca mais tive uma crise de síndrome de pânico. Foi sensacional na minha vida”.

A terapeuta destaca que é muito importante o acompanhamento de profissional porque na maioria das vezes a pessoa não consegue identificar sozinha que está sofrendo com a síndrome do pânico e ansiedade. “Então com a ajuda de um terapeuta é possível entrar em contato consigo mesmo e encontrar a raiz do problema e ao tratar o assunto na terapia você o identifica melhor. Além disso, você também aumenta o seu autoconhecimento”, finaliza a terapeuta, Dra. Rosângela Ferreira.

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