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Mapa mental para planejar carreira ajuda a definir metas

23 de Junho de 2022

O diagrama hierarquizado de informações ajuda a estruturar o pensamento e criar um roteiro para a vida profissional

Foto: Karolina Grabowska/Pexels

Ter um plano de carreira ajuda um profissional a direcionar seu crescimento, traçar seu caminho a percorrer e visualizar as metas a serem alcançadas. Dessa forma, por ser um eficaz método para o planejamento, o mapa mental pode ajudar na percepção e na visualização dessas estratégias, que devem ser adotadas ao longo da busca por determinado objetivo.

A perspectiva de carreira é o principal fator que faz os profissionais escolherem o ambiente de trabalho em que desejam permanecer. De acordo com uma pesquisa feita no Núcleo de Pesquisa em Carreira da Produtive, 46% dos entrevistados veem a possibilidade de crescimento como um fator decisivo para permanecer ou não numa organização. 

Outro estudo, realizado globalmente pela consultoria Gartner, revelou que a possibilidade ou não de se desenvolver é a questão preponderante para os pedidos de demissão, sendo que 52% afirmaram que saíram da última empresa por falta de espaços para o desenvolvimento profissional. 

Sendo assim, traçar um plano de carreira, mesmo que seja por conta própria, pode ajudar o profissional a perceber anseios, enxergar o próprio perfil, identificar pontos positivos e negativos, traçar e alcançar metas por meio de planejamento. 

O mapa mental, por ser um diagrama hierarquizado de informações baseadas numa ideia principal, é uma maneira de estruturar o pensamento e praticar a concentração perante o excesso de informações da rotina de trabalho ou, até mesmo, diante da necessidade de criar um roteiro que organize a vida profissional. 

Como funciona o mapa mental?

Elaborar um mapa mental agiliza a tomada de decisões, já que possibilita ao profissional reconhecer quais são as suas prioridades e encontrar soluções para desafios e problemas com maior facilidade. 

A criação do mapa mental se dá a partir de um tronco central em que são colocadas raízes e galhos com ideias ou tarefas. O esquema opera de forma semelhante ao cérebro humano, fazendo a organização dos dados por associação.

Essa disposição garante flexibilidade para que os registros sejam agrupados por temas e possam ser transferidos de um campo para outro do mapa. É possível, ainda, usar recursos como status de tarefas, uso de diferentes cores, imagens e layouts para uma melhor compreensão do conteúdo. Sendo assim, trata-se de uma ferramenta voltada para a organização de ideias e para a visualização geral de temas de um modo simples. 

A técnica foi criada pelo psicólogo e escritor inglês Tony Buzan e apresentada por ele, pela primeira vez, em 1974, durante um capítulo da série “Use Your Head”, da rede de televisão BBC. O mapa mental ganhou repercussão entre estudantes de todo o mundo, sendo utilizado até hoje. Atualmente, além do modelo tradicional feito em papel, há plataformas e aplicativos que permitem montar um mapa mental online.

Fazendo mapas mentais para o plano de carreira

Como divulgado pelo criador da ferramenta, a elaboração do mapa mental atravessa etapas como definir o tema principal, elencar subtópicos para memorizar as informações de maneira clara, escrever os assuntos relacionados à cada subtópico, usar cores diferentes para palavras-chave e sequenciar a ordem dos agrupamentos. 

Em relação ao planejamento de carreira, os mapas podem ser usados para gerenciar a direção, as habilidades e os conhecimentos que devem ser adquiridos durante o percurso profissional. Além de estipular prazos para que as atividades sejam realizadas. 

Considerar o momento profissional do indivíduo é o primeiro passo para definir um plano de carreira, podendo este ser o tema central do mapa, que pode se ramificar, por exemplo, em objetivos, visão, ações percebidas e mensuração de resultados.

Seja qual for a situação – pessoa ainda sem profissão definida, trabalhador já atuante, mas que deseja crescer ou profissional que aspira mudar de área –, organização, planejamento e metas reais e possíveis devem ser prioridade. 

Um aspecto funcional é usar palavras-chave para destacar agrupamentos de fatores, como tempo disponível para cursos e qualificações que o perfil demanda e ações que possam dar resultados em curto, médio e longo prazos, por exemplo. 

Outro grupo do mapa pode ser direcionado para definir quais são as habilidades já adquiridas pelo profissional e quais ele precisa desenvolver ou aprimorar. Listar motivações, valores e ideais também pode ser uma forma de se manter leal aos desejos profissionais.

De modo geral, é importante que o profissional pense cuidadosamente nas suas aspirações, para que possa traçar um planejamento assertivo. Uma dica é manter o mapa sempre atualizado e flexível para que novas ideias e rumos possam ser inseridos e adaptados à realidade que se apresenta a cada momento.

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