Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Evaldo Braga

22 de Novembro de 2013
Evaldo Braga na capa do primeiro LP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Evaldo Braga viveu apenas 25 anos e teve uma rápida carreira como cantor de sucesso na nossa música popular. Definido por alguns críticos e estudiosos de música como o primeiro cantor negro a fazer sucesso interpretando e compondo músicas bregas e no gênero black music, Evaldo Braga nasceu em Campos os Goitacazes, no interior do Rio de Janeiro de pais desconhecidos.

 Ele teria sido abandonado em um cesto de lixo e passou toda a infância e adolescência interno no Serviço de Amparo ao Menor (SAM), onde foi companheiro do depois célebre jogador de futebol Dadá Maravilha.

 Aos 20 anos trabalhou como engraxate nas portas de rádios e gravadoras do Rio de Janeiro, e foi assim que conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro e o cantor Nilton César, que lhes deram sua primeira chance de entrar para o mundo musical.

Evaldo Braga na capa de um dos LPs póstumos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Ele foi primeiro divulgador dos discos de Nilton César e depois, por intermédio de Osmar Navarro, gravou o primeiro disco em 1971, um compacto simples com a música “Só Quero” que foi muito bem recebida pelo público e vendeu mais de 150 mil cópias.

 O sucesso repentino o levou para as paradas musicais e para os programas de auditório. Rapidamente entrou em estúdio e gravou seu primeiro LP, “O Ídolo Negro”, outro sucesso de vendas e que o tornou conhecido em todo o território brasileiro.

 Mas a consagração como ídolo negro popular viria em 1972 com o segundo LP e com a música “Sorria, Sorria”, de sua autoria, e que ficou nas paradas de sucesso por muitas semanas, sendo executadas nas rádios mais populares incessantemente.

Evaldo Braga em foto de 1971

 Boêmio, Evaldo Braga não raramente abusava da bebida, e morreu de forma trágica em um acidente automobilística na BR-03 que liga o Rio de Janeiro à Bahia, na altura da cidade de Três Rios, após uma tentativa de ultrapassagem forçada. Apagava-se ali uma bonita voz que poderia ter feito uma brilhante carreira no estilo mais popular, ou brega como querem alguns, da nossa música.

 Após a morte, Evaldo Braga teve ainda dois LPs lançados em sua homenagem e com expressivas vendagens.

 

 

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